Colesterol alto pode resultar em infarto e derrame

Uma doença silenciosa e mortal. O colesterol alto pode trazer grandes males à saúde e, em muitos casos, até a morte. De acordo com a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), 50% dos ataques cardíacos poderiam ser evitados se os níveis de colesterol fossem controlados. Atualmente, 40% dos brasileiros têm colesterol elevado, mas menos da metade trata o problema. Como forma de alertar sobre os riscos da doença, a SBC instituiu a data de 8 de agosto com o Dia Nacional de Combate ao Colesterol.

Produzido pelo fígado e pela nossa dieta, o colesterol é uma molécula de gordura que ajuda na formação das paredes das artérias e é essencial ao nosso organismo. “O excesso é que o problema. Na grande maioria das pessoas, o acúmulo tem causas genéticas”, avisa Rogério Krakauer, cardiologista e primeiro-secretário da regional ABCDM da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).

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No caso do excesso de colesterol causado pela má alimentação, os principais vilões são as gorduras saturadas, as de origem animal (carne vermelha, de porco, pele do frango), as frituras, derivados de leite integral (queijos amarelos, chantili, leite condensado e creme de leite), gema do ovo e alimentos industrializados. “Os maus hábitos alimentares, aliados ao sedentarismo, provocam essa verdadeira epidemia de colesterol alto”, alerta o médico.

HDL e LDL
Conhecidos como o colesterol “bom” e o “ruim”, o HDL e o LDL são, na verdade, proteínas que transportam o colesterol através do sangue. O que as diferencia é o percurso: o LDL leva a gordura para dentro das artérias, formando placas de gorduras que podem obstruí-las. O HDL faz o caminho contrário: leva a gordura para fora do organismo.

O HDL é considerado alto quando está acima de 40 decilitros nos homens e acima de 50 dl em mulheres e diabéticos. “O acúmulo da gordura no coração pode levar ao infarto. Se no cérebro, o risco é o derrame. Nos membros, pode haver amputações”, diz Krakauer. Pessoas que acumulam colesterol apenas pelos hábitos alimentares geralmente são tratadas com reeducação alimentar e exercícios físicos. Para os que sofrem de problemas genéticos, a medicação é a única forma de tratamento.

Susto
Para a estagiária Fernanda Brunini, de 33 anos, a descoberta do colesterol alto há cerca de três semanas foi um grande susto. “Descobri quando fiquei internada para tratar meu diabetes. Nos exames foi acusado acúmulo de gordura no fígado”, lembra. Agora, a dieta é controlada e os exercícios físicos são diários. “Não imaginava que pudesse ter a doença, agora estou mais atenta à minha saúde”.

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