A pandemia forçou a maioria das pessoas a seguir o trabalho em casa e no pós-pandemia alguns grupos vão se manter nessa linha, como os bancários. Porém, no Sicoob a situação será diferente. Ao RD Momento Econômico desta quarta-feira (6/10) o diretor-presidente do Sicoob Grande ABC, Luciano Sangoi Kolas, relatou que a cooperativa segue um caminho diferente dos principais bancos, ao apostar também em lojas físicas para atender os clientes.
Kolas disse que as cooperativas estão no caminho contrário dos bancos privados. “Enquanto os bancos deixam cada vez mais o atendimento digitalizado, fecham agências e diminuem o quadro de funcionários, a cooperativa faz o contrário, abre mais agências, admite mais colaboradores e disponibiliza mais produtos e serviços”, iniciou Luciano.
A ideia é apostar na pessoalidade e proximidade com o cooperado, dar um ar mais pessoal ao atendimento levar em conta o que o futuro associado tem e que o Sicoob pode melhorar na vida desta pessoa.
“O cliente bancário gosta de ter as duas opções. Gosta de ser atendido eletronicamente, ou via canal de internet banking, um aplicativo que funciona, só que ele precisa saber que ele tem um gerente e o gerente da cooperativa que nós falamos que é aquele gerente modelo antigo de mercado, ele não é um gerente vendedor, é um gerente consultor”, completou.
Segundo Luciano, o Sicoob é o primeiro banco do País entre aqueles com formato de cooperativa e o segundo em postos de venda. São mais de 5 milhões de cooperados, em mais de 3 mil cidades em todas as unidades federativas, com mais de 3,5 mil postos de atendimento.
O líder na região considera que mesmo em tempos de pandemia e com uma crise econômica potencializada pela crise política, no setor cooperado houve processo diferente, com vantagens para aqueles que se mantiveram, principalmente levando em conta a preocupação que se tem com a educação financeira do cooperado, algo que Kolas considera que deveria ser ensinado nas escolas, assim evitando problemas futuros para aquela criança ou adolescente.
Para o dirigente, a questão da educação financeira é algo que bate muito forte na cooperativa. “Não digo no sentido de apontarem, mas de perguntar como você administra a empresa. Você separa o PF (Pessoa Física) do PJ (Pessoa Jurídica)? Então temos algumas parcerias com o Sebrae para tentar trazer essa educação financeira para o cooperado, para que você possa saber que empresa é empresa e pessoa física é pessoa física”, relatou Luciano.
Kolas questiona se você é um empresário e tem uma empresa, você é o executivo dessa empresa? “Que você merece ter um salário mensal, que você deveria ter um planejamento para o seu fluxo de caixa, sobre o caminho do dinheiro que entra. Temos esse cuidado com o cooperado e até com a família dele para que todos possam aprender com isso”, completou.