Média móvel de mortes tem alta em SP. Estado não vê tendência

O Estado de São Paulo passa por uma alta na média móvel de mortes por covid-19: o indicador saltou de 97 para 143 em um intervalo de duas semanas. Em um primeiro momento, o aumento pode ser atribuído ao feriado de 7 de setembro e a problemas de represamento de dados, que ocasionaram uma baixa fictícia no início do mês. Ainda assim, o aumento principalmente da última semana, quando os dados teriam sido menos afetados por fatores externos, acende um alerta. O governo paulista, porém, afirma que a alta ainda não se revela como uma tendência, até pela queda nas novas internações.

Dados oficiais indicam que a média móvel de mortes nesta terça-feira foi de 155, número ainda maior do que o parâmetro da semana passada. No entanto, para ter uma noção mais ampla se o indicador teve crescimento pela terceira semana consecutiva, a gestão estadual espera o fechamento do ciclo no sábado e faz uma média do índice durante toda a semana.

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Coordenador executivo do comitê científico que assessora o governo paulista, João Gabbardo defendeu em entrevista ao Estadão que, neste momento, os dados ainda estão “muito ruins para fazer análise de casos e de óbitos”, já que, relembra, houve problemas recentes com o sistema e-SUS do Ministério da Saúde. “Esses óbitos que têm aumentado aparentam ser um dado circunstancial, não é que algo que em um primeiro momento a gente considera uma tendência”, reforçou.

Gabbardo apontou que, para leitura do cenário pandêmico, o governo estadual tem se baseado principalmente no número de novas internações por dia, que é totalmente controlado pela gestão estadual e vem caindo. Nesta terça, dados oficiais apontam que o índice estava em 582, ante 579 há uma semana e 621 na comparação com 14 dias atrás. “A nossa posição é de tranquilidade, mesmo sabendo que mais de 90% dos casos em São Paulo são de pacientes que apresentam a variante Delta. Mesmo com esse porcentual, não houve aumento de internações”, disse.

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