O vereador de Mauá, Sargento Simões (Podemos), utilizou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (21/9) para pedir desculpas por suas falas na semana passado, quando ao reclamar sobre a retirada de assinaturas no seu requerimento de instauração da CEI (Comissão Especial de Investigação) da Mauá Luz acabou insinuando que os parlamentares da Casa receberiam dinheiro do governo mauaense para não aprovar sua ideia. Simões também não escondeu sua irritação com a direção municipal de sua legenda.
Em cinco minutos de discurso, Simões repetiu pro diversas vezes que “não tem compromisso com o erro” e que nos últimos dias tentou contato individual com todos os parlamentares para pedir desculpas pelo considerou como “erro” no discurso.
“Eu fiz uma fala querendo atingir o desgoverno do PT, o desgoverno do sono, o desgoverno devagar devagarinho, o desgoverno das ruas esburacadas, o desgoverno da falta de remédios, o desgoverno da falta de seringas para a vacinação contra a Covid-19. Eu fiz uma fala em que acredito ser fato, mas acho que eu errei, eu errei muito, ainda que não tivesse a intenção, ainda que no meu coração, ainda que no meu pensamento não tivesse envolvido nenhum edil desta Casa, seja de primeiro, segundo, terceiro ou décimo mandato. Eu posso ter colocado em dúvida a inidoneidade, a honestidade ainda que não fosse a minha intenção”, explicou.
A fala foi bem recebida durante a sessão, o vereador Leonardo Alves (PSDB) elogiou “a postura humilde” de seu colega ao reconhecer o erro. O assunto não levado a frente por qualquer outro parlamentar e nem mesmo foi retomada a possibilidade de criação de uma comissão de ética para analisar o caso.
No final da sessão, Simões voltou ao microfone para fazer duras críticas ao Podemos e principalmente a postura da direção municipal que foi contra seu pedido de impeachment contra o prefeito Marcelo Oliveira (PT) por problemas em decorrência da vacinação contra a Covid-19. “Não tenho cargos no governo, por isso sou independente no meu mandato”, esbravejou em sua última fala.