“Teremos eleições municipais antes da nacional”, diz Manente

Gabriel Roncon é cotado para disputar uma nova eleição municipal, caso seja confirmada pelo TSE (Foto: Reprodução)

O ex-vice-prefeito de Ribeirão Pires, Gabriel Roncon (Cidadania), lançou neste sábado (11/9) o Movimento Respeito por Ribeirão, que visa ir até os munícipes para conversar sobre as mais diversas áreas da cidade. Com um clima de pré-campanha o evento contou com a presença do deputado federal Alex Manente (Cidadania) que relatou sobre a possibilidade da cidade passar por uma eleição suplementar antes da eleição geral do próximo ano.

“Nós não estamos com um cenário igual ao de qualquer outra cidade, Ribeirão tem uma instabilidade política. Eu estive recentemente com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ministro (Luís Roberto) Barroso, e ele disse que até março ou abril (de 2022) vai julgar todos os casos que foram colocados no TSE para que na eleição do ano que vem não tenha nenhum impeditivo por conta dos recursos pendentes no TSE, isso significa que muito provavelmente teremos uma eleição municipal antes da eleição nacional”, disse Alex.

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O prefeito Clovis Volpi (PL) e o vice-prefeito Amigão D’Orto (PSB) estão com um processo de cassação de diplomas na Justiça Eleitoral. A decisão de primeira instância foi para a manutenção de mandato e em segunda instância foi de cancelamento do mandato. Ambos já recorreram ao TSE, assim caso percam na Corte Eleitoral uma nova eleição será convocada no município em 90 dias. Integrante do grupo de oposição, Manente considera que haverá um novo pleito e assim o seu apadrinhado, Gabriel Roncon, poderia disputar o cargo para chefe do Executivo.

Apesar de ter aparecido como vice na chapa de Kiko Teixeira (PSDB) na eleição de 2020, Gabriel não tem problema na Justiça Eleitoral, diferente do tucano que está fora da política devido a condenação por improbidade administrativa ainda na época em que comandava a Prefeitura de Rio Grande da Serra.

O mesmo poderia ocorrer com Amigão D’Orto, pois o caso de cassação da chapa envolve apenas Volpi. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) considerou que houve irregularidades no segundo julgamento das contas da Prefeitura de Ribeirão Pires em relação ao ano de 2012. No primeiro julgamento, os vereadores rejeitaram as contas. Volpi pediu um novo julgamento, pois alegou que não teve direito à defesa. Na segunda análise os parlamentares aprovaram as contas e assim permitiram que Volpi disputasse tanto as eleições de 2016, em Mauá, quanto a de 2020, em Ribeirão.

A situação no município é semelhante ao que ocorre em São Caetano. José Auricchio Júnior (PSDB) foi o mais votado, mas não foi empossado devido a uma decisão da Justiça Eleitoral em relação a doações irregulares na campanha de 2016. O tucano já perdeu nas duas primeiras instâncias e aguarda uma decisão do pleno do TSE. Se vencer, tomará posse para o seu quarto mandato. Se perder, uma nova eleição será convocada em 90 dias.

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