Impulsionado pela pandemia, o home office se tornou realidade para muitas áreas profissionais, mas em especial para os administradores de empresas, que tiveram que se adaptar as novas mudanças de forma imediata. A nova forma de trabalho veio para os empreendedores com a perspectiva de permanência e, além de exigir atualização no currículo, pede profissionais atualizados para o “novo” mercado de trabalho.
Em entrevista ao RDtv, José Turíbio de Oliveira, gestor dos cursos de Administração, Comércio Exterior e Tecnológicos; e diretor do campus Barcelona da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), falou sobre as mudanças importantes que o setor ganhou no último ano, além das novas exigências do mercado que afetam também a formação profissional.
Tanto quem já trabalha na área, como que ainda vai se formar deve se atentar a diversas mudanças, como: trabalho remoto, fornecimento de diferentes matérias primas e novos recursos. “Sem dúvida estamos vivendo com prazos, satisfações e motivações diferentes, inclusive com prazos diferenciados. A gestão de recursos agora também é sem dúvida um novo legado, muito rico para o administrador que trabalha nesta nova era”, comenta.
Segundo o professor, registros mostram que o Brasil conta com 17 milhões de empresas (cerca de 12 milhões são de microempreendedores e empresas individuais), o que mostra cenário relevante no mercado de trabalho. “Essas empresas necessitam de administradores, e há uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Administração, que indicou que as empresas querem contratar para os cargos de gestão”, diz.
Já o home office se tornou realidade para diversas áreas de trabalho, e na administração as empresas descobriam que o grau de produtividade dos funcionários pode se manter e até aumentar em determinados setores, conforme informou o gestor. Ainda assim, locais de coworking podem se tornar mais comuns, já que o tipo de ambiente proporciona boas condições ao trabalho.
Na formação, quem tem interesse em cursar administração traça o perfil predominante na graduação, na faixa de 17 a 20 anos de idade. “Quando o aluno chega, a escola percebe os desafios que o curso tem colocado para ele. Assim, o estudante é inserido em um mercado desafiador que está destinado a buscar profissionais diferentes”, completa.