O inverno é uma estação rigorosa tanto para a pele, quanto para o cabelo, que são agredidos pelo frio. Somados à temperatura, o uso de água quente e as mudanças nos hábitos de higiene colaboram para um estado de maior fragilidade do corpo humano. Assim, a atenção deve ser reforçada. Em entrevista ao RDtv, o dermatologista do Hospital Santa Casa de Mauá, Antonio Lui, revela os principais cuidados e orientações para o momento.
Lui destaca que, neste cenário, o ideal é buscar diminuição dos efeitos causados pela baixa temperatura. O dermatologista aponta a hidratação como uma alternativa para minimizar a fragilidade da pele. “Usando produtos de boa qualidade e mantendo uma ingestão de líquidos adequada. Além disso, alguns cuidados básicos como evitar banhos muito quentes e demorados, que prejudicam a pele e os fios de cabelo”, explica.
A permanência em ambientes quentes como um todo, pode ser prejudicial se houver exposição por um longo período. “Se tiver um tempo muito prolongado seja em um ambiente de ar condicionado doméstico, ou até mesmo dentro de um veículo, acaba afetando a qualidade de pele e, também, do couro cabeludo”, alerta.
Com a baixa temperatura, há uma menor propensão ao consumo de líquidos para hidratação. A ingestão de água, no entanto, permanece como a melhor opção. Apesar disso, o médico aponta alternativas quentes como chás e leite, que podem ser mais agradáveis ao paladar e ainda mantém a hidratação. Quanto ao uso de hidratantes, uma maior frequência se faz necessária para compensar o nível de ressecamento causado pelo frio”, diz. O profissional salienta que o uso de hidratantes, bem como o de shampoos, deve ser avaliado de acordo com cada tipo de pele e cabelo.
Questionado a respeito da queda excessiva de cabelos, Lui ressalta a necessidade de se buscar a causa, uma vez em que se há um leque de possibilidades para a condição, como anemia, falta de ferro, alteração de tireoide, pós-parto, entre outras. Segundo Antonio, atualmente o pós-covid também tem marcado uma expressiva queda de cabelos. Quando constatada as circunstâncias, um tratamento específico é designado a cada paciente.
Referente ao câncer de pele, o dermatologista explica que o seu surgimento vem de uma série de fatores como um padrão de pele mais frágil, e a exposição ao sol que a pessoa terá ao decorrer de sua vida. Em diferentes proporções, todos os tipos de pele estão sujeitos à formação da doença. Embora o sol seja menos visto durante o inverno, a luz ultravioleta segue presente na estação, como em todas as outras. “Essa luz induz a modificação da pele que favorece o aparecimento do câncer de pele. Mesmo em dias de inverno, o filtro solar deve ser usado, não é exclusivo do verão”, enfatiza. (Colaborou Gustavo Lima)