Temperaturas baixas exigem cuidados com a circulação de ar, alerta especialista

A nova frente fria baixou ainda mais as temperaturas da região, que junto ao vento gelado, quase zeram os termômetros durante a madrugada. Mesmo que o ar seja incômodo dentro de casa, especialistas recomendam um maior cuidado quanto a disseminação de doenças respiratórias, que podem surgir devido a baixa circulação de ar e uso de aquecedores naturais ou artificiais, principalmente em locais com mais pessoas juntas.

Em entrevista ao RDtv, Adriana Brito, gestora do curso de Biomedicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) informou que a baixa circulação de ar afeta no acumulo de vírus e bactérias que as pessoas eliminam, mesmo gripadas, com suspeitas ou até mesmo sintomáticas, que se se espalham pelo ambiente e contaminam mais pessoas. “Aí junta também com a baixa umidade e tudo isso acaba fazendo com que esses organismos fiquem mais tempo no ar”, comenta.

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As doenças bacterianas, como as pneumonias e meningites também são comuns e significativas nesta época do ano, alerta Adriana, que ainda comenta sobre os riscos do choque térmico após sair de locais fechados, que favorecem a instalação das doenças. “A pessoa quando fica muito tempo no ambiente hiper aquecido, quando sai, pode ter um choque térmico, que pode prejudicar e favorecer mais a instalação das doenças”, comenta.

De acordo com a gestora, os ambientes devem-se arejados, com janelas abertas que possibilitem a entrada de luz do sol e de ventilação para renovar o ar nos ambientes. O uso de aquecedores também deve ganhar atenção especial das pessoas e não deve ser utilizado de forma direta, já que os aquecedores elétricos e/ou naturais como lareira, diminuem a umidade do ar no local e irritam mais as mucosas do corpo, “favorecendo assim a instalação das doenças respiratórias”.

Segundo a gestora, quem utiliza aquecedores pode optar pelo uso de umidificadores no ambiente, longe um do outro para evitar problemas entre os aparelhos elétricos, e pode contribuir para deixar o local mais seguro. “Mas mesmo utilizando o umidificador, se deixar a casa totalmente fechada pode deixar o ar muito úmido e acumular fungos, o que também podem trazer problemas respiratórios”, alerta.

A recomendação da profissional para o uso dos itens é de 4 a 6 horas, mas variam de acordo com o ambiente, a quantidade de pessoas no local e capacidade do aquecedor. “Se for um simples e a pessoa está ali com o ar dela circulando, não tem tanto perigo de disseminar para mais pessoas, agora se tem mais pessoas compartilhando o mesmo espaço, pelo menos a cada 2 horas deve estar renovando esse ar”, orienta.

Vacina da gripe

Ainda que em falta em muitas cidades do ABC, a vacina da gripe ganha mais protagonismo neste ano, que as temperaturas estão mais frias. “A vacina não protege só contra gripe, mas também de outras complicações e doenças respiratórias que as pessoas podem adquirir ou já ter, como asma, rinite crônica, bronquite ou pneumonia”, explica.

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