Oposição busca apoio para propor CEI após flagrar fralda vencida em hospital

Eduardo Minas e a polícia chegaram ao hospital quando as fraldas eram descarregadas (Foto: Divulgação)

O vereador Eduardo Minas (Pros) está em busca de assinaturas para propor uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar porque a prefeitura de Diadema mandou entregar no Hospital Público um lote de fraldas com o prazo de validade vencido. O carregamento foi flagrado na sexta-feira (16/07) pelo parlamentar que chamou a polícia para registrar o fato. Além da apuração da polícia e de uma sindicância na prefeitura, o parlamentar quer propor uma comissão de investigação no Legislativo para apurar não apenas a situação das fraldas, mas para fazer um inventário do almoxarifado da Saúde.

São necessárias sete assinaturas para protocolar uma CEI na Câmara de Diadema e Minas conta já com o apoio de Reinaldo Meira (Pros) e de Márcio Júnior (Podemos). Ele espera conseguir as assinaturas suficientes para propor a comissão investigatória porque acredita que o caso é grave. O parlamentar recebeu a informação de que fraldas vencidas teriam sua data de validade apagada para serem distribuídas nas unidades médicas da cidade. Na sexta-feira Minas soube que um carregamento dessas fraldas estava sendo preparado no almoxarifado central da Saúde, na rua Marechal Floriano. À distância ele constatou o carregamento e acompanhou o caminhão até o Hospital Público de Diadema, no bairro de Piraporinha onde ele começou a ser descarregado. “Eu liguei para o 2° Distrito Policial e a equipe do delegado Luciano Galvão Elias esteve no local e constatou a denúncia”, explicou.

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Ao todo 2.690 fraldas foram descarregadas no local. A polícia constatou que a data de validade dos produtos havia sido suprimida. Foi determinada que fosse feita perícia no local e todo o carregamento foi apreendido. Além de papéis com anotações que estavam com os servidores que faziam a entrega.

A prefeitura disse em nota que vai apurar o ocorrido e admite que há fraldas vencidas em seu almoxarifado, mas que estas estão separadas do restante do material estocado. “A Prefeitura de Diadema informa que estão armazenadas e segregadas no almoxarifado da Secretaria de Saúde faldas tamanho P com o prazo de validade vencido, que foram compradas de maneira exorbitante e em quantidade errada pela gestão anterior para cumprimento de Ação Judicial e que não foram lançadas no sistema. Assim que tomou conhecimento, a administração separou as fraldas até segunda ordem. A Prefeitura de Diadema vai apurar os envolvidos na entrega de um dos lotes das fraldas no almoxarifado do Hospital Municipal de Diadema sem a autorização da Secretaria Municipal da Saúde. A gestão ainda reforça que é inadmissível ter tomado conhecimento do fato por meio de uma denúncia por e-mail anônimo 5 minutos antes da chegada de dois vereadores e da Polícia Civil, juntamente com pessoas filmando e tirando fotos”, diz a íntegra da nota.

Eduardo Minas disse que a investigação é necessária por inconsistências na própria resposta da prefeitura. “Se as fraldas seriam descartadas, porque então apagaram a data de validade? Porque elas foram levadas e seriam guardadas no almoxarifado do hospital? Essa supressão da data foi mal feita e em alguns pacotes foi possível verificar que tinha fralda vencida há mais de quatro meses. A investigação é necessária para apurar se há também outros itens estragando no almoxarifado da Saúde. Independente de conseguirmos ou não viabilizar a CEI, além da polícia, vamos levar o caso ao Ministério Público”, completou Eduardo Minas.

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