Recordista brasileira e uma entre os seis atletas sul-caetanenses que representarão o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, Jucilene Sales de Lima, fala de sua trajetória e expectativas para os jogos. Em entrevista ao RDtv, a atleta revela que essa será sua primeira Olimpíada e dá detalhes de sua participação.
Nascida em Taperoá, na Paraíba, Jucilene se mudou aos sete anos para João Pessoa. Ela conta que começou a ter contato com o atletismo desde cedo pois, quando a mãe saia para trabalhar, acompanhava os treinos da irmã mais velha. “Comecei a ir para a escolinha, fiz várias provas e me colocaram para lançar dardo”, explica. Prestes a completar 13 anos, foi chamada junto à irmã para uma competição em São Caetano, para onde se mudaram em 2004 e residem até os dias de hoje.
Já profissional na modalidade, Jucilene se prepara para estrear em sua primeira Olimpíada. Além dela, outros cinco atletas representarão São Caetano nos Jogos de Tóquio. Em decorrência da pandemia, o treino precisou ser adaptado para um maior cuidado com a saúde. “Geralmente eu treinava dois períodos mas agora a pista fecha por volta das 16h. Assim, tento fazer apenas um período, mas depende do dia e do horário em que começo”, diz. A prática, no entanto, segue firme na rotina da atleta, que chega a realizar mais de 50 lançamentos em um único treino.
No lançamento de dardo, quanto mais longe o arremesso, melhor a performance do atleta. Questionada sobre a estratégia que deve ser adotada para um bom desempenho no esporte, Jucilene explica que é necessário um equilíbrio entre força e técnica. “É preciso ter força para lançar mas também precisa de técnica. Não dá para colocar muita força, é uma mistura entre ela, técnica e velocidade”, enfatiza.
Jucilene, que foi classificada para Tóquio em uma somatória dos pontos de suas performances, quebrou o recorde brasileiro em seu melhor lançamento, ao alcançar a marca de 62 metros e 89 centímetros. Quando iniciada a competição, prevista para o dia 3 de agosto, a atleta terá direito a três lançamentos. Os participantes serão divididos em dois grupos e, se ultrapassada a marca determinada, são classificados para a final da competição.
Infectada pela covid-19 em janeiro deste ano, a competidora conta que seu caso apresentou grandes complicações. Recuperada e vacinada com a primeira dose do imunizante contra o vírus, realizará um novo teste para garantir a segurança, junto aos demais atletas, antes de embarcar para o Japão. (Colaborou Gustavo Lima)