Em novembro de 2019, Maria Jose Gonzaga Viana perdeu o marido, que era aposentado, o que lhe daria direito ao recebimento do benefício de pensão por morte, em Mauá, desde então. No entanto, após solicitado, a viúva só recebeu o primeiro pagamento em junho de 2020. Seu genro, Renato Soares de Souza, tem buscado contatar o INSS (Insituto Nacional do Seguro Social) para requerimento dos meses não pagos para a sogra, mas não obteve retorno até o momento.
Em dezembro de 2020, Souza fez uma solicitação ao INSS para o recebimento dos meses atrasados, uma vez que a sogra tem direito ao benefício desde o dia 16 de novembro de 2019, mas só passou a recebê-lo em junho. Além do atraso, o valor de R$33o passou a ser descontado no pagamento de Maria como crédito consignado, entretanto, a requerente nunca realizou um empréstimo.
De acordo com Renato, a sogra recebia o benefício assistencial (LOAS) há cerca de três anos, mas após o falecimento do marido, o mesmo foi cancelado e o genro deu entrada na pensão por morte, já que não é possível receber dois benefícios ao mesmo tempo. Quando conseguiu o novo auxílio, a sogra passou a receber mensalmente o valor de R$1100. Mas o surgimento do crédito consignado levou a uma diminuição do valor mensal. “Minha sogra não fez empréstimo nenhum, nós não sabemos a razão disso e, com as agências fechadas, não conseguem no responder”, explica. “O INSS precisa descontar alguns benefícios recebidos por ela e pagar a diferença, então foi feita essa solicitação de revisão mas não tivemos resposta alguma”, completa.
O mauaense acredita que muitos idosos tem sido prejudicados com as agências fechadas. “Não se consegue respostas. Falam para fazer uma solicitação no Meu INSS (serviço disponibilizado pelo Instituto), mas após feita, seguimos sem retorno. É uma situação complicada, especialmente para os idosos”, lamenta.
Procurado pela equipe do RD para esclarecimento da situação, o INSS conta que tem descontado valores pagos no período em que houve acumulação da pensão com benefício assistencial ao idoso. O Instituto ainda alega que Maria Jose já tomou ciência dessa situação em julho do ano passado, ao acessar o Meu INSS (site gov.br/meuinss ou aplicativo para celular), por meio de cadastro e obtenção de senha. (Colaborou Gustavo Lima)