Com atenções voltadas para o cenário de pandemia e os cuidados que devem ser tomados para evitar a infecção pelo coronavírus, outros acompanhamentos relacionados a saúde acabam adiados. No entanto, é de suma importância se manter em alerta em diversos cuidados, como é o caso da saúde bucal. Em entrevista ao RDtv, o dentista implantodontista, André Fontana, fala sobre os cuidados da saúde bucal e destaca o aumento nos casos de implantes.
André Fontana explica que durante a pandemia a procura por implantes aumentaram significativamente. “Por conta do índice de fraturas nos dentes, aumentou demais, não apenas no meu escritório. É um dado do Conselho Regional de Odontologia, pacientes tem fraturado demais o dente por estresse de forma que o aperta ou range demais, foi um aumento de 400%”, aponta. O implantodontista ainda conta que o dente onde há maior índices de fratura é o pré-molar, localizado atrás das presas. “Há casos em que nem um tratamento de canal é possível”, destaca.
Além do aumento no caso de fraturas, o profissional ressalta que há um impacto na saúde bucal, relacionado diretamente com a covid-19. “A covid-19 baixa a resistência geral do organismo. Não há estudo realizado com muitas pessoas para detalhar exatamente o que impactou, mas as sequelas que temos percebido nos pacientes que já tiveram covid e vem se tratar, estão mais debilitados”, explica. Com isso, André alerta para a importância de manter um cuidado com a saúde bucal e uma higienização adequada.
Fontana explica que o surgimento de dores agudas, que podem até mesmo se parecer como uma dor de ouvido, além da musculatura facial dolorida, podem ser alguns sinais de problemas como o rangimento dos dentes. “Às vezes até mesmo uma dor de cabeça frontal ou na nuca […] Dor não é normal, mas sim um sinal de alerta”, ressalta. Quando sentidas, a pessoa deve procurar ajuda profissional. “Consulte o cirurgião-dentista, não tome medicação aleatória, nem faça tratamentos caseiros. O profissional irá ajudar, temos um trabalho que antes de ser comercial, é uma missão de vida”, completa.
O implantodontista aponta que a boca é a porta de entrada do organismo e cita o caso da modelo Renata Banhara, que teve uma infecção bacteriana. “Qualquer infecção na boca leva essa bactéria para a corrente sanguínea, até o coração, e pode levar a óbito. Hoje os tratamentos estão mais acessíveis em termos de valores e condições de pagamento, a saúde bucal é importantíssima à saúde geral do indivíduo”, relata.
Fontana ainda fala sobre a maneira ideal de se fazer a higienização bucal. Segundo ele, a boa escovação com o uso de fio dental, requer de oito a dez minutos, embora muitas pessoas não sigam a recomendação. Ao responder a pergunta de uma internauta, o dentista confirma que a má higienização da boca pode levar até mesmo à perda dos dentes. “Uma inflamação no osso da gengiva pode gerar a perda de sustentação do dente, o que faz com que ele caia. Não é uma doença hereditária, é higiene”, completa. (Colaborou Gustavo Lima)