A pandemia da covid-19 afastou investimentos das prefeituras da região na causa animal. Isso porque desde meados de março do ano passado, alguns serviços como castração de pets e feira de adoção animal foram suspensos em grande parte das cidades e até o momento não foram retomados. Com isso, quem sofre são as organizações sociais, que segundo a cofundadora da ESPA (Equipe Singulariana de Proteção aos Animais), Roseli Denaldi, precisam dar conta de atender a população.
Para a protetora animal, apesar da necessidade do isolamento social, serviços básicos como vacinação de pets e castramóvel – veículo que realiza castrações gratuitamente – não poderiam ter ser interrompidos, pois refletem na saúde e no controle do crescimento populacional de cães e gatos na região. “É um trabalho muito importante e que não pode ser interrompido, seja no tempo que for”, defende. “São serviços que atendem aqueles que não tem condições de ir até um lugar especializado que ofereça o serviço”, aponta.
Para se ter ideia, Santo André, que mantinha as feiras de adoção por meio do GCZ (Gerência de Controle de Zoonoses), suspendeu as atividades temporariamente em virtude da pandemia. Agora, quem deseja adotar um pet, precisa contatar diretamente a GCZ ou o Canil Municipal para adotar um amiguinho. Já quem precisa de algum serviço a exemplo o de castração, orientação sobre guarda responsável e serviços de zoonoses, depende de contato telefônico: 0800 019 1944 ou via aplicativo Colab.
Diadema diz manter o serviço de “vacinação de rotina” no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para animais com idades acima de três meses de idade e sadios. O atendimento, no entanto, acontece duas vezes na semana: segundas e quartas-feiras, das 9h às 16h, sem necessidade de agendamento prévio. Informações: 0800 77 10 963.
Apesar dos atendimentos clínicos mediante a agendamento, quem precisa de um procedimento mais especializado, a exemplo da castração, precisa buscar uma clínica veterinária particular ou hospital veterinário em outra cidade, uma vez que na cidade o serviço não é ofertado gratuitamente no CCZ.
Diante do atual cenário, a co-fundadora da ESPA explica que as organizações sociais desempenham papel importante para atender a população e suprir a falta dos investimentos públicos. “Tentamos ajudar nos encaminhamentos para a população, embora não tenhamos o serviço por aqui”, explica. Além disso, as feiras de adoção que antes eram realizadas de forma presencial, foram adequadas para o virtual. “Por conta da pandemia tivemos que interromper as feiras presenciais, mas nos adaptamos”, explica. Os animais das protetoras são colocados para adoção via Facebook, Instagram e outras redes sociais.
Além disso, quem quiser ajudar no trabalho da ESPA, pode fazer doação de ração no Colégio Singular. “Antigamente tínhamos todo mês de maio uma gincana entre os alunos para fazer a arrecadação, mas também tivemos que parar. Apesar disso, não deixamos de atender os animaizinhos, que precisam cada vez mais de nós”, enfatiza.
Hospital Veterinário
Um dos principais objetivos do reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Leandro Prearo, frente à gestão da instituição é concretizar a inauguração do Hospital Veterinário, em São Caetano, até agosto deste ano. O professor, nomeado para ocupar o cargo até 2025, apontou que devido a paralisação das obras no ano passado por conta da pandemia, ainda faltam remanejamentos para a inauguração.
A ideia é que com a abertura do hospital, a população do ABC passe a usufruir de atendimento médico veterinário gratuito. Segundo o reitor, os munícipes terão acesso gratuito a consultas e procedimentos cirúrgicos de baixa e médica complexidades, mediante a agendamento.
Ainda na região, a Prefeitura de Santo André estuda implementar o primeiro Hospital Veterinário da cidade, em área de 800 m², ao lado do Sabina, dentro do Parque Central. Questionada, a administração não informou qual a previsão de abertura do serviço público.