O vereador de Santo André, Eduardo Leite (PT), entrou na última quarta-feira (9/6) com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para deixar o Partido dos Trabalhadores. No processo o parlamentar alega que sofreu “descriminação e perseguição partidária” desde o início do ano. Ainda não há prazo para a resposta da Justiça Eleitoral.
Eduardo oficializou tal situação nesta quinta-feira (10/9), logo após a sessão ordinária do Legislativo. “A melhor forma que nós encontramos para lidar com essa situação foi exatamente essa. Foi para não correr nenhum risco, eu e meu grupo optamos por entrar com uma ação judicial, foi uma peça extremamente técnica, sem nenhuma agressão ao Partido dos Trabalhadores”, disse em entrevista ao RDtv.
O vereador considera que começou a ser perseguido pela direção municipal da legenda logo após a eleição da Mesa Diretora da Câmara andreense em que foi eleito primeiro secretário logo após um acordo que também envolveu a base de apoio ao prefeito Paulo Serra (PSDB), algo parecido com o que ocorreu na Assembleia Legislativa em que o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) também foi eleito para o mesmo cargo, mas sem qualquer tipo de manifestação contrária do partido.
O problema aumentou no dia 20 de fevereiro quando o Diário do Grande ABC divulgou uma entrevista com Eduardo Leite declarando que era “muito difícil” fazer oposição ao governo andreense que “acerta em muitas medidas e que erra menos”.
A direção petista na cidade não gostou do assunto e resolveu suspender Eduardo por 60 dias, o que o impedia de representar o partido na Câmara e que o impedia de participar de ações internas no partido como um seminário sobre as eleições de 2022.
Tais problemas ficaram cada vez mais escancarados com a falta de apoio ao vereador por parte da Executiva Estadual, fato que acabou culminando na oficialização da ação no TRE-SP. O processo visa garantir para Leite a desfiliação sem a perda de mandato, algo que só aconteceria em caso de acordo entre as partes. Eduardo se diz aberto a conversar para “pacificar” sua saída.