O clima de expectativa segue em São Caetano com a indefinição sobre o comando da cidade. Indeferido, José Auricchio Júnior (PSDB) ainda aguarda o colegiado do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), enquanto isso a base governista conversa para criar uma estratégia caso ocorra eleição suplementar. Ao RDtv nesta quinta-feira (6/5) o líder de governo na Câmara, Gilberto Costa (Avante), comentou sobre o assunto e alertou sobre as movimentações em torno dos nomes do prefeito interino, Tite Campanella (Cidadania), e o deputado estadual Thiago Auricchio (PL).
Certo de que Auricchio conseguirá uma reviravolta do seu caso no TSE, Gilberto vê que Tite seria um “candidato natural” por ter assumido interinamente o comando do Palácio da Cerâmica em 1º de janeiro, porém, vê em atitudes simples de Thiago uma movimentação que possa indicar uma possível candidatura, se necessário.
“Vou ser muito simples. Na semana passada você via várias faixas do Gilberto Costa parabenizando as mães. Nesta semana você vê uma série de faixas do Thiago Auricchio sobre o Dia das Mães, e quem conhece São Caetano sabe muito bem que ele nunca foi de fazer isso”, justificou.
Com o avançar do tempo e a possibilidade cada vez mais remota de um novo pleito no primeiro semestre, tal cenário acaba corroborando para alimentar os defensores do nome do deputado estadual como representante da base governista, principalmente levando em conta a influência do ex-prefeito.
No caso de Tite, muitos já o consideram como nome certo em caso de nova disputa eleitoral. Assim ficando aberta uma disputa para vice que incluiria na lista Gilberto Costa, o atual presidente do Legislativo, Pio Mielo (PSDB), e a secretária de Saúde, Regina Maura (PSDB).
Gilberto Costa admite que uma das possibilidades do Avante é tentar a vaga de vice, inclusive uma reunião com o deputado estadual Campos Machado (Avante) na próxima semana servirá para falar de cenários. Porém, internamente a presença do PSDB é considera importante por governistas, mas o vereador alerta que mudanças podem acontecer.
“Veja o PT, antes não se admitia que o PT não tivesse uma candidatura majoritária. Hoje você vê movimentações do PT pensando diferente, então isso poderia acontecer no PSDB, mas sigo na linha que ainda teremos o Auricchio tomando posse, se isso não ocorrer sou favorável que não tenha uma nova eleição e que seja dada posse em definitivo para o Tite”, completou.
Evitando
As conversas governistas sempre giram em torno da união, assim evitando um racha. Gilberto alerta que o diálogo deve ser o principal ponto para evitar uma divisão do grupo. Nos bastidores políticos do município isso já se demonstrou não tão possível, pois informações dão conta que o ex-vereador Edison Parra (Podemos) está conversando com Fabio Palacio (PSD).
Parra perdeu sua cadeira na Câmara por causa da eleição de Beto Vidoski (PSDB) que acabou livre das acusações de receber doação irregular na campanha de 2016, mesma história que causou a condenação de Auricchio e que o impediu de tomar posse para o seu quarto mandato, mesmo com a maioria dos votos válidos.