O debate sobre as reclamações em relação a poluição do Polo Petroquímico do ABC segue na região. Ao RDtv nesta terça-feira (4/5) os vereadores de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL), e de Mauá, Samuel Enfermeiro (PSB), falaram sobre os próximos passos que pretendem dar junto ao vereador paulistano, Alessandro Guedes (PT), sobre o assunto. A ideia é tentar ampliar a participação dos entes políticos e das empresas do Polo para tentar encontrar um primeiro caminho.
“Quero conversar com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com as prefeituras de Santo André e Mauá, e com os representantes do Polo Petroquímico para tratar do assunto. Eles não podem ficar de fora deste importante debate, pois, nós não queremos acabar com o Polo, nada disso, mas queremos encontrar uma solução que vai ser importante para todos. Sei que vai ser uma solução difícil, mas podemos debater”, disse Alvarez.
“Considero que também temos que ter acesso a um estudo da USP (Universidade de São Paulo) que há alguns anos já falava sobre essa questão da poluição, isso seria importante para debater este assunto”, disse Samuel que relatou uma conversa com representantes da Prefeitura de Mauá sobre o assunto.
Questionados sobre a ideia de Guedes sobre falar com o Governo do Estado para conseguir verba para estudos mais detalhados, ambos consideram que essa situação não pode ser um ponto único e que o debate pode ser mantido e ampliado independente da obtenção desta verba.
As reclamações sobre uma fuligem que supostamente está saindo do Polo para a vizinhança, e assim criando problemas de saúde e ambientais foram alvos de uma audiência pública na semana passada, na Câmara paulistana. Alvarez e o também vereador andreense Wagner Lima (PT) participaram do encontro que durou quase três horas e que ouviu uma série de reclamações de moradores das três cidades.
O Polo Petroquímico, a partir do Cofip ABC, negou que o problema tenha alguma relação com as empresas e lembrou que outras industrias estão próximas e que poderiam ser a origem da situação.