Após a audiência pública realizada na semana passada na Câmara de São Paulo, as investigações sobre possíveis problemas de saúde e meio ambiente aos “vizinhos” do Polo Petroquímico do ABC na Capital, em Santo André e em Mauá seguirá. Ao RDtv nesta segunda-feira (3/5) o vereador paulistano Alessandro Guedes (PT) relatou sobre os próximos passos, entre eles, pedir ajuda financeira do Estado.
A ideia do petista é entrar em contato com as secretarias de Meio Ambiente e de Saúde para conseguir verba para um estudo junto aos especialistas para saber das consequências para as pessoas da poluição que saí do Polo e que virou motivo de reclamação de moradores da Zona Leste e do ABC desde o ano passado.
Guedes chegou a relatar que houve um caso recente de tireoidite crônica aguda, exatamente a doença estudada e que supostamente seria causada pela poluição. Tal fator é alvo de pesquisa da endocrinologista Maria Ângela Zaccarelli Marino.
“Esse estudo da doutora indica que precisamos fazer uma pesquisa mais aprofundada, com maiores condições para poder apontar de fato que a origem desta doença é ocasionada pela poluição do Polo. Quero deixar claro que não queremos acabar com os empregos, mas queremos evitar esse tipo de problema”, afirmou.
Outro ponto são os pedidos de requerimento sobre multas da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) em relação ao Polo Petroquímico nos últimos cinco anos. Outro ponto é a aliança com os legislativos de Santo André e Mauá.
Entre os andreenses existe o apoio dos vereadores Ricardo Alvarez (PSOL) e Wagner Lima (PT), ambos participaram da audiência pública e se prontificaram a ajudar no restante do caminho. Até o encerramento da entrevista Alessandro não tinha uma resposta oficial de Mauá, mas a assessoria do vereador Samuel Enfermeiro (PSB) afirmou que o parlamentar pretende participar da investigação e que teria entrado em contato com Alvarez sobre o assunto.
Na semana passada, tanto ao RD quanto para a Câmara de São Paulo, o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (Cofip ABC) negou que o problema reclamado desde o ano passado tenha origem em uma das empresas e que nem mesmo a fuligem preta oleosa retrada é característica do Polo.