O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), anunciou nesta sexta-feira (23/4) que pediu para a Procuradoria Geral do Município para entrar na Justiça com um pedido de liminar que permita a vacinação de todos os profissionais da Educação. Segundo o tucano, a ideia é conseguir garantir a volta de todos “e não apenas” os que são ligados com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) SBC que obteve uma liminar com o mesmo objetivo.
Morando alega que está procurando o princípio da isonomia e assim conquistar o direito de vacinar todos aqueles que trabalham na área, assim como foi feito com o pessoal da Segurança Pública. “Eu não vou correr no erro de um pedido do sindicato para voltar com uns e o outro não. Nós não vamos fazer isso, pois nós somos coerentes, responsáveis e nós do município estramos com um pedido para vacinar todos”, disse o chefe do Executivo.
A expectativa do Poder Executivo é uma resposta seja dada na próxima semana. Caso seja positiva, o Ministério da Saúde será avisado de que o município realizará essa campanha, o que necessitará de mais doses de imunizantes, pois, até o momento apenas os educadores com 47 anos ou mais serão imunizados por causa do Plano Estadual.
O ato de Orlando ocorre dias após o Sindserv SBC conquistar na Justiça do Trabalho que a retomada das aulas presenciais só ocorra após a imunização de todos os profissionais, algo que ocorreu antes mesmo do anúncio do Governo do Estado para o primeiro grupo de educadores.
A própria entidade sindical alegou nas últimas semanas que a Prefeitura de São Bernardo tentou recorrer da decisão, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve a decisão afirmando que a volta só se daria após imunização total ou quando o município estivesse na fase verde do Plano São Paulo, sendo que no momento desta decisão o estado estava na chamada fase emergencial, a mais restritiva desde o início da pandemia.
São Bernardo chegou a projetar a retomada das aulas presenciais, de maneira gradual, em março, mas após a piora do quadro do novo coronavírus com a segunda onda, não houve a possibilidade de qualquer retorno, o que atingiu inclusive as escolas particulares que chegaram a protestar.
Segundo o último boletim epidemiológico da cidade, até o final da tarde desta sexta feira dos 341 leitos de enfermaria, 159 estavam ocupados. Em relação aos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), dos 196 disponíveis, 142 estão ocupados. Na região o percentual de ocupação de UTI está na faixa dos 71%.
Como o Governo do Estado analisa o ABC junto com toda a Grande São Paulo, então o atual cenário coloca a Região Metropolitana longe da fase laranja, pois, nesta sexta fechou com 79,2% de ocupação de leitos de UTI e o estado com 81,1%.