Gilvan Juinior assumiu a Superintendência do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) há 20 dias com a missão de dar um “choque de gestão” e reduzir os custos da autarquia. Ao RDtv nesta quinta-feira (22/4), o novo líder da empresa pública relatou o plano que tem como ponto principal a redução de 80% dos cargos em comissão.
Após a passagem dos serviços de água e esgoto para a Sabesp, o próximo passo da autarquia é passar os serviços de obras e drenagem para a Secretaria de Obras. A ideia ainda tem que passar pelo crivo do Legislativo, mas com a proposta a ideia é reduzir dos cerca de 700 cargos existentes para um pouco mais de 300 servidores.
“O Semasa voltará a assumir o protagonismo na área ambiental e cuidará também da parte de resíduos sólidos. Os serviços vão continuar normalmente e não haverá qualquer tipo de defasagem para a população”, afirmou Gilvan.
A redução de custos vai atingir o prédio em que é sediada a autarquia, na avenida José Caballero. A ideia é que o Semasa ocupe quatro dos oito andares. O restante do espaço será ocupado por outras secretarias como Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico. Outra ideia é que o Procon fique no térreo.
Sem detalhar os dados, Gilvan alertou que a autarquia conta com cerca de R$ 10 milhões de déficit mensais, valor que acaba compensado pela Prefeitura a partir de transferências. Com a redução de cargos, a ideia acabar com esse tipo de situação.
Serviços
Um dos primeiros serviços que serão atualizados pela autarquia será o licenciamento ambiental. O processo será digitalizado para dar maior agilidade e também reduzir tempo e custo, algo que ficará disponível ainda neste primeiro semestre.
No restante, seguem as obras para aumentar o tempo útil de vida do aterro para mais cinco ou seis anos. A ampliação está 60% concluída. Enquanto isso, novos estudos sobre alternativas seguem internamente. Das cinco fases projetadas para o estudo, quatro foram concluídas.
Em relação a educação ambiental, houve uma redução devido a pandemia do Covid-19, passando o curso para um formato on-line, disponível no site do Semasa. Ainda com objetivo de ampliar a coleta de lixo, o projeto Moeda Verde será ampliado de 14 para 21 comunidades, chegando às áreas do Lamartine, Sacadura Cabral, Chácara da Baronesa e Mauricio de Medeiros. Até o momento foram recolhidos 424 toneladas de lixo que foram trocados por alimentos, em conjunto com o Banco de Alimentos e o Fundo Social.
“Esse projeto também ajuda a reduzir custos, pois, não precisamos contratar uma empresa para fazer essa coleta, o que seria um custo a mais. Conseguimos evitar os pontos viciados e assim melhoramos até mesmo o ambiente daquele bairro, uma questão também de estética, além dessa ajuda social que é importante”, concluiu Gilvan.