Aos 13 anos, a skatista de Ribeirão Pires, Victoria Bassi, é uma das principais apostas da delegação brasileira para conquistar medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizados entre julho e agosto deste ano. A representante do ABC conta em entrevista ao RDtv que já está com seu passaporte para viajar aos Estados Unidos, no próximo dia 29, para disputar vaga na competição.
O evento, sempre realizado em Long Beach, Califórnia, é válido como seletiva olímpica e será o último nos EUA a contar pontos na corrida olímpica. “É um verdadeiro sonho que está se realizando. Segunda vez que vou aos Estados Unidos e agora para uma seletiva que preciso me destacar em primeiro lugar para garantir vaga nas Olimpíadas”, conta a skatista empolgada com a competição.
Victoria conta que subiu em um skate pela primeira vez aos quatro anos de idade e, desde então, nunca mais parou. “Ganhei de aniversário do meu pai e me apaixonei na mesma hora. Comecei a andar na rua de casa, sempre supervisionada, mas certo dia bati em um carro, então minha mãe fez com que eu começasse a praticar em uma pista profissional. Desde então nunca mais parei”, relata.
Aos cinco anos, com mais prática e habilidade em manobras, a skatista participou da primeira competição profissional, em São Caetano, e apesar da pouca idade, se destacou. “Acabei indo bem na competição. Depois participei de outras regionais, nacionais, até me classificar para a delegação brasileira”, diz. “Agora concorro a mundiais e espero cada vez mais me aperfeiçoar”. Para isso, Victoria treina, em média, quatro horas por dia, em conciliação com as tarefas de casa e estudos.
Com o início da pandemia, o treinamento intenso que era feito na pista de skate da cidade, passou a ser feito no quintal de casa. “Quando a pandemia começou, tivemos que parar os treinamentos fora de casa e com isso fiquei um tempo parada. Meus pais viram que não dava pra ficar nessa situação, então juntaram as economias e construíram uma pista de skate no quintal, e foi o que manteve meus treinos”, conta.
Desafios
Apesar de toda preparação, Victoria diz que existem obstáculos para concretizar sua viagem aos Estados Unidos. Sua ida é custeada pela delegação brasileira, mas por ser menor de idade, necessita de um acompanhante para viajar. “Meu pai precisa ir comigo, mas os gastos dele são à parte. Por isso criamos uma ‘vaquinha virtual’ para arrecadar verba”, conta.
Na totalidade, Victoria calcula que os gastos fiquem em média de R$ 7 mil entre os dias de hospedagens para treino e competição. “Todo dinheiro que tínhamos, foi gasto para a construção da pista, por isso pedimos a ajuda de quem puder contribuir”, pede. O Pix disponibilizado por Victoria é: ajudeavictoriabassi@gmail.com.