A Prefeitura de Mauá informou, nesta quarta-feira (14/04), que tem condições de manter pacientes internados nos hospitais sob uso de insumos do ‘kit intubação’, pelos próximos três a quatro dias. Isso porque começaram a faltar medicamentos específicos para anestesiar e sedar pacientes com covid-19 antes do suporte respiratório.
De acordo com a Prefeitura, alguns medicamentos estão em falta no mercado para compra, a exemplo do Midazolan, Rocuronio e Propofol, essenciais para o procedimento de intubação. “Chegamos a receber do governo estadual uma pequena quantidade de medicamentos do kit covid, porém há 10 dias não recebemos mais”, informa a administração municipal, em nota.
Caso não haja manutenção no repasse de insumos, a Prefeitura alega que pacientes poderão enfrentar dificuldades caso necessitem de intubação no sistema público de saúde. “Teremos bastante dificuldade na manutenção diária de pacientes”, sustenta.
Diadema e São Caetano têm por mais sete dias
Diadema e São Caetano disseram, em nota, que têm condições de manter pacientes internados pelos próximos sete dias. Em Diadema, a conduta adotada para uso e/ou substituição do kit intubação depende do tipo de necessidade da cada paciente e da recomendação médica.
A previsão é que, com o estoque atual, a rede pública de saúde ofereça suporte aos pacientes cerca de 7 a 10 dias, de acordo com a demanda diária. Em nota, a Prefeitura alega que a Secretaria Municipal de Saúde conta com pedidos em andamento para reposição deste estoque.
Alguns dos itens que compõem o kit registraram aumento exponencial de demanda na cidade, alguns deles com mais de 200% no ápice da pandemia. Entretanto, no momento, a Prefeitura enfatiza que o município não apresenta desabastecimento de nenhum item que faz parte do kit.
São Caetano informa nota, que os kits de intubação são renovados sistematicamente, o que evita a falta de medicamentos. A quantidade de itens que a Prefeitura tem atualmente dá para atender pacientes no período entre sete a dez dias. Assim como Diadema, houve aumento na demanda no ápice da pandemia, em março deste ano, o que fez com que a procura pelos itens crescesse cerca de 80%.
Ribeirão Pires não revelou a quantidade de kits de intubação em estoque na rede municipal, apesar de também apresentar aumento na demanda em março, este com cerca de 70% a mais na procura. Apesar disso, a administração diz que a cidade dispõe de situação satisfatória, e que está longe do risco de falta de insumos.
Já Santo André informa que o fornecimento de medicamentos e insumos está em dia, bem como os contratos vigentes, sem problema de desabastecimento na rede de oxigênio, que agora está estruturada com tanques capazes de suprir a necessidade do município. Questionada sobre a quantidade de kits para os pacientes internados, a Prefeitura não informou a quantidade de itens em estoque.
Rio Grande da Serra não se manifestou até o fechamento da reportagem.