A prefeitura de Diadema está reunindo religiosos para tratar de políticas de acolhimento no Cemitério Público Municipal. A ideia dos encontros é atender a demanda de todas as denominações religiosas e também pedir a compreensão dos líderes de cada igreja sobre as medias de combate a covid-19, como distanciamento social, uso de máscara e o controle de pessoas nas salas de velório, no caso de morte que não seja pelo novo coronavírus. A primeira reunião aconteceu nesta terça-feira (13/04) com integrantes do meio evangélico.
Para o chefe de divisão do Serviço Funerário, Jair Batista da Silva, a ideia é que, no momento do velório haja uma compreensão sobre as medidas de prevenção e, dessa forma, o público que vem se despedir do falecido se sinta acolhido. “Na reunião de hoje colocamos o pedido de compreensão dos líderes religiosos. Quando vier um deles para um ato religioso durante um velório, que o mesmo se apresente antes na administração do cemitério para que ele também nos ajude a controlar o número de pessoas no local, uma vez que a quantidade de pessoas na sala de velório tem que ser reduzida, pode haver um revezamento dentro da sala. Nossa intenção é que todos tenham o conforto e a oportunidade de se despedir do ente querido, acreditamos que assim conseguimos amenizar um pouco a dor da perda”, explicou.
Segundo Silva a próxima reunião será com as religiões de matriz afro, Umbanda e o Candomblé. Com esse público haverá uma discussão maior, porque o Cemitério de Diadema é um dos poucos no país que tem um espaço exclusivo para esse público criado com as especificidades das religiões, porém esse espaço foi fechado para reforma na gestão anterior e nunca mais foi aberto. O Ilê, como o espaço se chama, durante o tempo em que ficou fechado sofreu danos, um muro de arrimo caiu sobre o cruzeiro que há no local e terá que ser reconstruído por uma empresa especializada. “Precisamos abrir uma licitação para uma empresa reconstruir porque está numa área em que está o ossário, ali precisa de uma construtora especializada neste tipo de obra. Os engenheiros e o vereador Josa (presidente da Câmara Josemundo Dario Queiroz – PT) já estiveram no local e o projeto já foi feito”, explicou o chefe do Serviço Funerário. Josa integra a Fucabrad (Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros de Diadema).
A previsão é a conclusão dos trabalhos no Ilê fique para meados de novembro. “Esperamos reinaugurar o Ilê no Dia da Consciência Negra (20 de novembro)”, estima Silva. Com o público católico a conversa já existe com maior regularidade até porque a igreja tem uma capela no local, onde são realizadas missas, que durante a pandemia acontecem online