Atividades com verba da Aldir Blanc são opções culturais sem sair de casa

Gravação do álbum “Influência de Jackson” (Foto: Paulo Rapoport)

As atividades contempladas nos editais da Secult com o aporte recebido pelo município na Lei Aldir Blanc (14.017/20) movimentam a cena cultural e a economia de São Caetano. Ao menos 45 profissionais foram beneficiados diretamente pela verba recebida por meio da lei de auxílio à cultura nos projetos inscritos pela escola livre de música Oficina do Som e pelo músico Cláudio Campos.

A Oficina do Som foi contemplada no edital que destina subsídios a espaços e territórios culturais. Como contrapartidas, já estão disponíveis a apresentação “Brasileirinhos” (com Cláudio Campos e Luiz Xavier), focada na divulgação da música popular brasileira para crianças, além de oficinas de percussão (pandeiro), e de violão. O acesso é livre e gratuito e está disponível de maneira permanente pelo Youtube: youtube.com/user/altiericlaudio.

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Cláudio Campos, que também é professor de violão e guitarra na instituição, ressalta que a Oficina não existiria sem o apoio da Lei Aldir Blanc. “Desde abril de 2020, a receita caiu em torno de 30% em relação aos anos anteriores. Sem esse recurso, não teríamos sequer como manter o aluguel da escola,” conta.

O professor ainda foi contemplado com a apresentação musical “A influência de Jackson – na pisada do Rei do Ritmo” pelo edital de premiação a atividades culturais e artísticas do município e com a gravação do CD “Influência de Jackson – 100 anos do Rei do Ritmo.” O show teve a participação de André Soratti e Gustavo Surian, e foi parte da programação da Entoada Nordestina ‘Aldir Blanc’, disponível no Youtube (SECULTSCS). “O álbum comemora o centenário do Jackson do Pandeiro, completado em 2019. O CD já estava idealizado naquele ano, mas não tínhamos como viabilizá-lo financeiramente. Os editais da Secult foram a oportunidade para realizar a gravação do repertório que celebra o rei do ritmo”, declara o músico.

Além da ajuda com a renda, a oportunidade de manter-se na ativa, nas palavras de Cláudio Campos, é o que move a vida do artista. “Precisamos tanto trabalhar com cultura quanto do dinheiro para pagar nossas contas. Para o artista é muito difícil viver sem a possibilidade do encontro com o público e a Lei Aldir Blanc tornou isso possível, ainda que virtualmente… Concretizar nossos projetos tem nos trazido uma satisfação enorme graças ao retorno positivo da audiência, o que é muito gratificante. Para quem é músico, o verbo ‘tocar’ tem desdobramentos. É tocar o instrumento, tocar junto, tocar o público”, explica.

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