Em meio a um colapso na saúde pública, o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple, recomenda que quem apresentar alguma dificuldade respiratória, como falta de ar, febre ou apresente algum outro sintoma do novo coronavírus, deve imediatamente buscar um serviço de emergência. Ao contrário disso, nas circunstâncias que não forem consideradas graves, a recomendação é que a população permaneça em casa e busque o atendimento médico via telefone, a fim de evitar a propagação da doença.
Conforme explica o secretário, “cerca de 80% dos casos, os sintomas são leves e semelhantes a uma gripe”. Assim, quando a pessoa pode ter coriza, mal-estar momentâneo e dores de cabeça leves, a orientação é evitar sair de casa e aguardar. “Em muitos casos, um simples analgésico pode resolver a situação. Além de alimentar-se bem e se manter hidratado, que pontos que podem ajudar em uma boa e rápida recuperação”, alerta.
Se o quadro for de febre, tosse, falta de ar ou perda de paladar – sintomas da covid-19, a indicação é a pessoa busque a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico especializado. “Nestas condições sim a indicação é que se busque um médico em um consultório. Fora isso, as questões simples podem ser tratadas em casa, a fim de evitar a transmissão da doença. Estamos com os hospitais cheios, pode ser um risco para se contaminar”, enfatiza o médico.
O secretário acrescenta, ainda, que todas as 34 unidades de saúde de São Bernardo possuem grupos virtuais, via Whatsapp, em que os pacientes podem tirar dúvidas sem sair de casa. “Ainda se houver dúvidas sobre sintomas ou outros assuntos, a pessoa pode sanar sem sair de casa, através do grupo do whatsapp. Não se faz necessária a presença do paciente na unidade de saúde”, explica. Outra forma que a população tem de esclarecer questionamentos acerca do coronavírus é através dos telefones 0800 7708 156 e 2630-4650.
Nova variante
Com 89,1% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais públicos ocupados, Reple se diz preocupado com a região à beira de um colapso na saúde causado pela nova variante do vírus. “A nova cepa do fez com que a internação e recuperação dos pacientes mudasse. Antes, eles (pacientes) ficavam em média sete a oito dias internados, agora ficam pelo menos 14 dias até a recuperação total”, explica.
Assim, a rotatividade dos leitos também mudou, o que fez com que os hospitais lotassem. “Se antes conseguíamos ter uma rotatividade de quatro a cinco vezes ao mês, atualmente passou para no máximo duas rotatividades”, explica. “E não adianta, conforme abrimos mais leitos, eles já são ocupados, porque temos uma fila de pacientes à espera, uma fila que não para”, enfatiza.
Para Reple, mesmo com o início da vacinação contra a covid-19, os cuidados básicos devem continuar, a fim de evitar a propagação da doença. “Além da vacinação, as pessoas precisam continuar se protegendo. Ficar em casa, usar álcool em gel e lavar as mãos continua sendo a melhor solução para evitar o contágio”, lembra.