O arroz segue como o vilão da cesta básica em 2021, pois registrou aumento de 93,84% no preço, em relação ao mesmo período do ano passado. O produto, que tinha o valor médio de R$ 13,98 em janeiro de 2020, é comprado atualmente pelo preço médio de R$ 27,10 o pacote de 5 quilos. Apesar disso, o tomate foi o produto com maior variação neste mês, com aumento de 27,28%, seguido pela alface com 15,45% e o açúcar, com 10,90%.
“Nessa época é comum terem o preço mais caro, pois o consumo aumenta, e é a pior época para a produção. No caso do açúcar, o aumento se deve ao momento de elevação no preço do combustível, pois as usinas ganham influência do preço do álcool e não compensa produzir o açúcar sem subir o valor”, explica o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá Benedetto.
Quanto ao arroz, o engenheiro ressaltou que a pandemia fez com que países produtores não exportassem o produto para garantia, o que diminuiu a quantidade do grão nos mercados da região. “A próxima safra tem uma área maior de produção, e temos de esperar as condições climáticas para garantirmos o produto. Acredito que as condições deste ano vão permitir que não continue subindo”, comenta.
Com o aumento do preço das hortaliças, Benedetto garante que os produtos devem continuar com preços altos nos próximos meses em razão das condições climáticas do verão. A variação do tomate em janeiro deste ano é de 23,74, comparado a janeiro de 2020.
“Algo ruim é o cenário que ainda está muito incerto, mas sabemos que fim de verão, todo o período de calor e chuva é ruim para as hortaliças, vamos continuar com padrão de salada cara. A oferta é ruim e tem a alta demanda querendo o produto, mas são alimentos que podem ser reduzidos no consumo”, completa.