Em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (11/2), a secretária de Educação de Ribeirão Pires, Rosi de Marco, informou que a a cidade possui pouco menos de 10% das escolas municipais adequadas para receber os alunos no volta às aulas, programado para acontecer a partir do dia 5 de abril. Segundo ela, problemas de infraestrutura e falta de serviços de zeladoria deixados pela gestão anterior atingiram a estrutura da maior parte das 33 escolas municipais.
“Se o retorno acontecesse agora, escolas aptas teríamos menos que 10%, ainda essas que estão concentradas na região central de Ribeirão”, afirma a secretária. De acordo com a gestora, faltam pequenas reformas estruturais, serviços de zeladoria e readequações ao cumprimento do Ministério da Saúde para que os alunos retomem às unidades com segurança. “Não podemos voltar sem que haja segurança total para os alunos e todos os nossos profissionais da Educação”, enfatiza.
Para isso, Rosi diz que um processo de licitação será aberto nos próximos dias para que as escolas recebam readequação, serviços de reparo, bem como recebimento insumos e equipamentos de proteção para um retorno seguro. “Ainda não sabemos ao certo quantas e quais escolas devem receber o serviço, mas é algo que já faz parte da estratégia da secretaria e acontecerá de acordo com as necessidades e análise de cada instituição”, explica a secretária.
A principal demanda do município é a educação infantil, e para que os alunos não fiquem sem assistência, a Secretaria de Educação já iniciou o acolhimento dos estudantes. “Atualmente temos pouco mais de 7 mil alunos matriculados em toda rede pública, e sabemos da necessidade das famílias. Não à toa, iniciamos o acolhimento e readaptação neste primeiro momento, ainda que de maneira virtual, junto com nossos professores”, garante.
O serviço de acolhimento, de acordo com a secretária, foi resultado da pesquisa feita com as famílias a respeito da volta presencial em um primeiro instante. “Fizemos pesquisas com as famílias dos nossos alunos e 64% delas afirmaram não se sentirem seguras para enviar os filhos para a escola em um primeiro momento. Assim, pensamos que o acolhimento, ainda que virtual, seria o mais seguro e correto a se fazer em um primeiro e tão delicado momento”, explica.
A partir do momento que houver segurança de alunos e profissionais da Educação, a secretária garante que as escolas vão receber entre 35% a 50% da capacidade dos alunos, 20% a menos do que o permitido pelo Governo do Estado. “E a volta será, ainda, de maneira escalonada, com turmas divididas em grupos, por dias da semana. Queremos uma volta cautelosa, sem arriscar a vida dos nossos alunos e profissionais, a fim de garantir a segurança de todos”, enfatiza.
Rosi garantiu, ainda, que apesar da volta ao formato presencial, o modelo híbrido de ensino continuará na rede municipal, como forma de contribuir com a aprendizagem dos alunos. “Não deixaremos essa modalidade de ensino de lado, porque sabemos o quanto esse modelo deu certo e como podemos aproveitá-la na educação da nossa cidade”, diz.