Aos poucos a retomada das aulas presenciais no estado de São Paulo ocorre. Criticada por educadores e por alguns pais que temem o aumente do número de casos de covid-19, tal cenário é defendido pelo professor de infectologia da Faculdade de Medicina do ABC e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvencio Furtado, que ao RDtv nesta terça-feira (2/2) relatou que caso todos os cuidados sejam feitos a chance de transmissão será mínima.
Após falar sobre o lado de especialistas em Educação que apresentam estudos de que o prejuízo do estudo em casa no ano de 2020 vai gerar problemas pelos próximos quatro anos, Furtado ponderou sobre dois pontos de dúvida sobre a retomada. Primeiro sobre a possibilidade de transmissão do vírus dos estudantes para os pais e avós.
“Isso (a transmissão) é algo raro, em alguns países europeus foi feita a volta às aulas com um resultado extremamente positivos no sentido de não ter um aumento significativo dos casos em decorrência deste retorno às aulas”, iniciou.
Na sequência falou sobre os professores e demais profissionais da Educação que são contra a retomada sem que este grupo esteja imunizado contra o novo coronavírus, algo que ainda não há data para ocorrer.
“O retorno destes profissionais será possível seguindo todos os protocolos preconizados no sentido de ter um número menor de crianças na escola, de manter o distanciamento, o uso de máscaras, a higienização das mãos e os professores seguindo os cuidados devidos. Acho que é o momento correto para a volta às aulas, para alguns especialistas já passou da hora deste momento”, explicou.
A princípio as regras para a retomada limitam o número de alunos em 35% da capacidade da escola, fato que fará com que os alunos tenham dois dias de aulas presenciais e outros três em suas residências com o estudo por meio da internet. No ABC, os professores e demais profissionais que estão no chamado grupo de risco seguiram em suas residências.
Juvenal Furtado defende a testagem periódica neste grupo de pessoas, inclusive com sistemas considerado menos invasivos como a partir da saliva do testado, assim avaliando com mais clareza as taxas de positividade em relação ao novo coronavírus.
Na região, apenas Rio Grande da Serra não contará com a retomada gradual das aulas. Nos demais municípios as escolas particulares vão retornar em fevereiro e as publicas em março, formato para evitar o retorno das aulas com o pico da doença causado pelas aglomerações das festividades do final do ano passado.