Creci-SP aponta queda de 20,32% na venda de imóveis na Grande São Paulo

A pandemia do novo coronavírus, somada a crise financeira no País, fez com que o setor de imóveis sofresse uma queda no número de vendas e de locações. Segundo o Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), até novembro do ano passado houve uma queda na região metropolitana de 20,32% nas vendas e as locações também apresentam dificuldade.

Creci-SP incentiva às negociações para fechar negócios nas locações (Foto: Fotos Públicas)

Tal situação também é encontrada nos números da Capital, do Interior e do Litoral. Os problemas principais estão nos valores que são os mesmos, apesar da queda dos valores recebidos pelas pessoas devido às negociações salariais que reduziram os vencimentos recebidos e que fizeram com que as pessoas se readequassem.

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“Nós do ABC temos muitos estabelecimentos fechados, nós temos negociações com os aluguéis residenciais, uma pena que nos comércios os proprietários, os locatários ainda não têm (espaço para) negociações, eles têm de abdicar de 50% de cada lado”, explicou a conselheira do Creci-SP na região, Magali Aparecida dos Santos, em entrevista ao RDtv.

Para a corretora, a ideia do momento é negociar espaços da melhor forma possível, sem criar um caminho de aumento dos valores para não afugentar aqueles que ainda pretendem alugar algum espaço para iniciar um negócio.

Outro ponto é aproveitar a mudança de perfil do trabalho para alavancar a venda ou o aluguel de imóveis de metragem grande. Magali acredita que no pós-pandemia alguns setores vão manter os seus trabalhadores em casa para seguir na redução de custos e tal fato gera o caminho na procura de espaços em que essas pessoas consigam separar o local de trabalho em relação ao seu descanso.

A esperança também está na compra de imóveis novos. “Os juros estão baixos, então o melhor momento para comprar um imóvel na planta é agora. As pessoas conseguem o financiamento pela Caixa ou por outros bancos”, explicou. Segundo a corretora, as principais vendas estão na faixa de até R$ 380 mil, com apartamentos de cerca de 75m².

Em relação aos aluguéis, seguirá o processo de negociação. “Não adianta colocar um imóvel com aluguel de R$ 800 e deixar ali por meses ou por mais de um ano. Eu sempre recomendo para os clientes colocar que aceita propostas, tem que negociar”, concluiu.

Apesar do momento desfavorável no setor, o número de imobiliárias no ABC acabou crescendo levemente como foi o caso de Santo André que tinha 304 empresas deste tipo até novembro e atualmente está com 314, fato que ajuda na visão de dias melhores na reta final da pandemia.

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