Preocupada e atenta aos problemas ambientais, a Coop acaba de implementar em sua loja um equipamento capaz de transformar resíduos alimentares em água residual para descarte no sistema de esgoto sem qualquer prejuízo ao meio ambiente. Esta ação compõe a plataforma de sustentabilidade Coop Faz Bem.
Instalado na loja Joaquim Nabuco, no centro de São Bernardo para ser estudada a viabilização de implantação em outras lojas da Coop, o equipamento possui tecnologia importada do Canadá e segundo Adalberto Correia dos Santos Júnior, coordenador do Sesmtma (Sistema Especializado em Segurança, Medicina do Trabalho e Meio Ambiente), o biodigestor chamado Orca lança mão de um processo de digestão aeróbica para decompor alimentos.
A água resultante do processo flui diretamente pelo encanamento, reduzindo os resíduos orgânicos coletados e transportados diariamente para o aterro sanitário, gerando não apenas redução de custo para a unidade, mas uma série de outros benefícios ao meio ambiente e à comunidade. “O uso da tecnologia é parte de um projeto de melhoria no gerenciamento de resíduos que vem sendo implantado nas lojas da Cooperativa desde o ano passado e que já apresenta resultados pra lá de expressivos”, declara Santos Júnior.
Desde o último mês de julho, 150 toneladas mensais de resíduos orgânicos estão deixando de ser enviados para aterro, número monitorado em apenas 14 unidades, onde a coleta é feita por empresa particular. Nesse mesmo período, o volume de doação ao Banco de Alimentos e ao Mesa Brasil aumentou para mais de 100 toneladas mensais, com a melhoria no processo de gestão de resíduos das unidades. Soma-se a esse efeito dominó o crescimento da reciclagem de resíduos sólidos, com marca mensal de 230 mil quilos, para se ter uma ideia dos ganhos gerados pelo projeto, que traz como elemento chave a sensibilização das equipes para a formação de uma cultura socioambiental na gestão de resíduos.
A Orca traz uma conjunto de benefícios que vão além da redução de custos, como melhoria no fluxo de trabalho (o equipamento dispensa o carregamento dos resíduos aos coletores da loja e, por tabela, diminui o risco de acidentes); prevenção de pragas (a eliminação de resíduos na fonte evita sua decomposição no local, reduzindo os odores e a presença de pragas); redução das emissões de CO2 (com menos resíduos depositados em aterros sanitários, os caminhões de lixo são mantidos fora das estradas, evitando assim emissões de gases de efeito estufa e congestionamentos); redução de descarte de plásticos (menos resíduo orgânico descartado, menor o número de sacos plásticos usados para acondicionar) e natureza beneficiada (a produção de gás metano que ocorre no aterro é interrompida).