Desde a última terça-feira (19/01) as sete cidades do ABC iniciaram a vacinação contra o covid-19. Quase 40 mil doses serão aplicadas com o primeiro lote da coronavac (Instituto Butantan/Sinovac) distribuído pelo Ministério da Saúde. Em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (21/01), o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho, garantiu que não haverá problemas em relação a segunda dose que será aplicada 21 dias após a primeira.
O desencontro de informações sobre a chegada de novas doses do imunizante acabou criando uma série de dúvidas entre os prefeitos do País, principalmente sobre a chegada de um segundo lote. Porém, Reple garante que é aguardada apenas a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para que outra distribuição ocorra.
“Temos mais 4,8 milhões de doses para a distribuição. Estão guardadas pelo Governo do Estado. No mais tardar nesta sexta-feira (22/01) a Anvisa vai autorizar e aí a distribuição será rápida para os municípios. Não precisa ter divisão do primeiro lote, tudo pode ser utilizado neste momento para que depois todos possam receber a segunda aplicação”, explicou.
Além do segundo lote da coronavac, a expectativa é que na próxima semana possa chegar 2 milhões de doses da popularmente conhecida vacina da Oxford. Além disso, existe uma corrida contra o tempo para que uma nova carga do imunizante da Sinovac chegue ao Instituto Butantan. A informação oficial é de que houve um problema burocrático dentro da China.
Enquanto os insumos não desembarcam em solo brasileiro, as cidades criaram uma divisão de prioridade para as vacinas, imunizando aqueles que estão na linha de frente nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e que trabalham nas casas de repouso permanentes para idosos.
“Para se ter uma ideia temos 28 mil profissionais da Saúde em São Bernardo, somando rede pública e privada, e recebemos um pouco mais de 11 mil doses. Não vamos conseguir imunizar nem 30% deste contingente, por isso que pedimos um pouco de paciência para que novas doses possam chegar e assim ampliar essa imunização”, seguiu Reple.
Preocupação
O secretário também deixou claro que a vacina não será um “passaporte para a liberdade total” e que os cuidados preventivos devem seguir como ficar em casa a maior parte do tempo, lavar as mãos com frequência, se sair utilizar máscara e criar o distanciamento social.
“Estamos preocupados com a subida dos números, já estamos no pico da doença e a tendência é piorar ainda mais daqui para frente, por isso que temos que redobrar os nossos cuidados para que não aconteça uma situação pior como ocorreu em Manaus. Algo realmente triste, pois uma pessoa sem ter um oxigênio auxiliando na respiração é a mesma coisa que se afogar no seco, pois você tenta puxar o ar e ele não vem”, concluiu.