Os prefeitos da região se manifestaram, via redes sociais, após a notícia de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso emergencial das vacinas de Oxford e a Coronavac na tarde deste domingo (17/1). A primeira brasileira vacinada contra o coronavírus é Mônica Calazans, 54, enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Neste primeiro dia de campanha, profissionais de saúde de hospitais de referência e integrantes de populações indígenas começaram a ser vacinados em uma sala dedicada do Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Santo André
“Dia histórico! Temos duas vacinas aprovadas! Parabéns a todos os que se dedicam à Saúde, à pesquisa e à Ciência em nosso País”, comemorou o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB). Ainda de acordo com o chefe do executivo, apesar do início da vacinação nesta semana, é necessário que a população continue com os cuidados básicos. “Usem máscara, mantenham distanciamento social, evitem aglomerações e lavem as mãos com frequência. Vamos juntos vencer a pandemia”.
Para iniciar a imunização, a administração municipal se antecipou com cerca de 500 mil kits para aplicação (compostos por seringas, agulhas, luvas e equipamentos de proteção), o que garante pelo menos cinco meses de vacinação, para imunizar praticamente a cidade inteira. Além dos kits, a Secretaria de Saúde aguarda a chegada de 731 mil seringas e 730 mil agulhas que fazem parte do Plano Nacional de Imunização.
São Bernardo
Nas redes sociais, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB) comemora: “Pessoal, o dia de hoje foi marcado por uma boa e importante notícia: a Anvisa acaba de aprovar as vacinas contra a Covid-19. Um passo fundamental para São Bernardo e todo o País começar a imunizar a população”, diz. Ainda de acordo com o prefeito, a cidade está estruturada para iniciar o processo de vacinação assim que as doses forem disponibilizadas. “Nesta data registra-se um passo histórico para vencermos esta guerra”, enfatiza.
De acordo com a administração municipal, nesta primeira etapa de vacinação que se estende até março, o objetivo é imunizar pelo menos 30 mil pessoas. As doses serão administradas nas 34 Unidades Básicas de Saúde, escolas (enquanto as aulas presenciais não forem retomadas), templos religiosos, centros culturais e outros espaços que vão totalizar 100 pontos descentralizados.
São Caetano
O prefeito em exercício de São Caetano, Tite Campanella (Cidadania), disse que a cidade está pronta para vacinar a população. “Demos exemplo durante todo o período pandêmico, desde a prevenção até os primeiros casos registrados na cidade. Desenvolvemos um plano de trabalho eficaz em programas de testagem, que foram exemplo para o Brasil e para o mundo. Adquirimos todos os insumos necessários para iniciarmos a imunização tão logo cheguem as primeiras doses em São Caetano, como seringas e agulhas. E faremos todo o esforço necessário para a compra de doses, caso as farmacêuticas disponibilizem para o mercado brasileiro”, relata Tite Campanella.
Já o médico e prefeito de São Caetano afastado pela Justiça Eleitoral, José Auricchio Jr (PSDB), celebrou a aprovação dos imunizantes e lembrou da atuação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) como centro de pesquisa clínica. “Fomos pioneiros, mais uma vez, assim como mostra a nossa trajetória de conquistas em todas as áreas. Estamos orgulhosos da nossa equipe de cientistas da USCS e de todo grupo de técnicos envolvidos no processo”, declara.
A cidade tem como meta vacinar 39,8 mil moradores e profissionais de saúde em um primeiro momento do Plano de Vacinação. Há um protocolo de intenção de compra de 180 mil doses extras da vacina, o que seria suficiente para vacinar toda população acima de 18 anos. Para isso, São Caetano já se prepara com estoque de 118 mil seringas e 143 mil agulhas e há, ainda, compra em andamento para o restante das doses.
Ribeirão Pires e Diadema
Os prefeitos de Ribeirão Pires e Diadema, Clovis Volpi (PL) e José de Filippi Jr. (PT) também comemoraram a aprovação das vacinas. No primeiro município, a intenção é vacinar mais de 20 mil habitantes em um primeiro momento, entre profissionais de saúde, idosos, indígenas e quilombolas.
A pretensão de Volpi é adquirir, também, outras 30 mil doses que serão destinadas aos profissionais da educação que devem agregar ao plano de prioridade de imunização. De acordo com a administração municipal, a Prefeitura aguarda retorno do Instituto Butantan a respeito do assunto.
Já em Diadema, a pretensão é vacinar 69 mil pessoas dos grupos prioritários em um primeiro momento. Nas redes sociais, o prefeito José Filippi Jr. comemorou: “Viva o SUS!”.
Os prefeitos Marcelo Oliveira (Mauá) e Claudinho da Geladeira (Rio Grande da Serra) não se manifestaram via rede social.
São Paulo inicia vacinação contra Covid-19
São Paulo começou a vacinar a população contra a COVID-19 neste domingo (17/1). A imunização teve início após a aprovação do uso emergencial da vacina do Instituto Butantan pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A partir desta segunda (18), entra em operação o plano logístico de distribuição de doses, seringas e agulhas, com envio das grades para imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência do estado: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).
As unidades foram selecionadas para a fase inicial porque são hospitais-escola regionais, com maior fluxo de pacientes em suas áreas de atuação. Todos devem iniciar nesta semana a vacinação de suas equipes, que totalizam 60 mil trabalhadores.
Na sequência, grades de vacinas e insumos também serão enviadas a polos regionais para redistribuição às Prefeituras, com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia. Os municípios também deverão imunizar a população indígena com apoio de equipes da atenção primária do SUS, segundo as estratégias adequadas ao cenário local.
“Começamos a vacinar a população e isto é um grande passo na tarefa de salvar vidas, que é a prioridade máxima do Governo de São Paulo”, afirmou o Secretário da Saúde Jean Gorinchteyn. “Recomendamos que municípios priorizem a aplicação das primeiras doses em profissionais da saúde que atuam em serviços dedicados ao combate à COVID-19 e são fundamentais para o atendimento à população.”
Cada hospital será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela Secretaria da Saúde para monitoramento da campanha.
A divisão das grades considerou o quantitativo proporcional de vacinas esperado para São Paulo conforme o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde. O total de 1,5 milhão de doses é a referência para trabalhadores de saúde baseado na última campanha de vacinação contra a gripe.
A campanha de imunização contra a COVID-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.