O ano letivo presencial poderá começar a partir de fevereiro em São Caetano. Isso porque de acordo com a Prefeitura, a administração já se prepara para a retomada das aulas, com rodízio de alunos, complementação online e distanciamento social em sala de aula. Já em Santo André e Diadema, ainda haverá profunda avaliação, por meio do Consórcio Intermunicipal do ABC, para a decisão. A reunião acontece nesta terça-feira (12/1), na entidade regional, com representante dos demais municípios.
Em São Bernardo, a retomada das aulas deverá acontecer de acordo com as determinações do Governo do Estado e o Centro de Contingência de Saúde, enquanto em Mauá e Ribeirão Pires, a princípio foi descartada a volta às aulas até o primeiro bimestre de 2021, com intuito de amenizar os efeitos do novo coronavírus (Covid-19). Rio Grande da Serra não se manifestou até o fechamento da matéria.
O plano de retomada da Prefeitura de São Caetano, elaborado pelos profissionais da Secretaria de Educação, contempla aspectos sanitários, pedagógicos e socioemocionais, de acordo com a administração. Segundo a Prefeitura, haverá organização do espaço escolar com disponibilização de álcool em gel, termômetro digital nas entradas e distanciamento entre carteiras. Além disso, haverá fiscalização para uso de máscaras e aglomeração, com maior organização de ambientes.
O planejamento da Educação contempla, ainda, orientação dos pais e responsáveis sobre os filhos que possam ter suspeita de Covid-19. “Orientar os pais a não levares seus filhos à escola quando perceberem o menor indício de quadro infeccioso, seja febre, manifestações respiratórias, diarreia, entre outras, devendo mantê-los afastados enquanto se aguarda diagnóstico”, além da comunicação de órgãos competentes de casos suspeitos e confirmados da doença.
Decisão conjunta
Santo André informou que já definiu todos os protocolos sanitários necessários para a retomada das aulas presenciais, em parceria com a Secretaria de Saúde e Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), responsável pelas merendas. Os protocolos foram definidos também com a participação dos professores e funcionários das escolas.
Assim, para o retorno das aulas presenciais, a Prefeitura informa observar o controle da doença e os cenários para uma profunda avaliação e então, somente na última semana de janeiro, apresentar um cronograma de retorno às aulas. A decisão da data, no entanto, deverá ser tomada em conjunto com as demais cidades da região, por meio do Consórcio Intermunicipal do ABC.
Diadema informou que a atual gestão está coordenando a criação de um Comitê de Enfrentamento à Covid-19, que terá como competência definir parâmetros da autoridade sanitária, para entre outras medidas, estabelecer condições para a volta às aulas. “Uma vez definido os parâmetros, as ações serão amplamente divulgadas pela Administração”, disse a Prefeitura em nota.
Ribeirão Pires descarta volta
Relatório feito pela Secretaria de Educação de Ribeirão Pires aponta que unidades escolares da cidade não apresentam condições de proporcionar segurança sanitária aos alunos e profissionais da rede.
O anúncio foi feito, na manhã da última sexta-feira (8/1), durante reunião entre o prefeito Clóvis Volpi e a secretária de Educação, Rosi Ribeiro de Marco, apontam que algumas escolas não tem sequer álcool gel e produtos de limpeza. “Nosso maior compromisso é com a vida e, por isso, hoje não podemos retomar as aulas de forma presencial”, justificou a secretária ao afirmar que é necessário aguardar decreto do Governo do Estado para que o município possa definir as diretrizes para o ano letivo.
Apesar disso, a administração frisa que está em período de planejamento e readequações para o retorno das aulas por meio das plataformas digitais.
Sindicato pressiona para reabertura das escolas
Diante do entrave, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), Benjamin Ribeiro da Silva, diz que após quase um ano do fechamento das escolas, é inadmissível que as escolas permaneçam fechadas. “Não podemos mais ficar parados. A cidade de São Paulo já iniciou o acolhimento, e precisamos seguir, com pelo menos dois dias de aula. Temos pais que precisam do serviço, crianças que precisam estudar e escolas que precisam se reerguer”, diz.
Segundo o presidente, a ideia é que as escolas funcionem com 35% de sua capacidade, em esquema de revezamento e mantenham as aulas em formato híbrido. “Não queremos voltar 100% agora, porque sabemos dos riscos, mas pelo menos com uma parte da turma, em esquemas de revezamento e mantendo as aulas em formato híbrido. Não só na rede pública, mas na particular, porque precisamos disso”, pede.
Silva conta que, após a movimentação do Sindicato no fim do ano passado e com a possibilidade do início da vacinação no fim de janeiro, as aulas sejam retomadas a partir do dia 4 de fevereiro. “Sentimos que o secretário de Educação do Estado já está mais maleável diante da situação e sabe das nossas dificuldades. Por isso, além da vacina, estamos bem esperançosos”, enfatiza.