O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (6/1), que a cidade está preparada para iniciar a imunização da população contra o novo coronavírus assim que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conceder a autorização para uma das vacinas testadas no país. Governo do Estado divulgará estudo de eficácia da coronavac (Instituto Butantan/Sinovac) nesta quinta-feira (7/1) e pedirá autorização para uso emergencial.
Durante live realizada nas redes sociais, Serra explicou que conta com 500 mil kits de vacinação, o que seria mais do que o suficiente para atender a todos os moradores e profissionais da saúde que fazem parte do grupo que será imunizado na primeira fase dos planos nacional e estadual. Além disso, relatou que já conta com um suprefreezer que pode ser usado em casos de vacinas que necessitam de baixíssimas temperaturas para armazenamento.
“Estou rezando, orando e pedindo para que a Anvisa dê a liberação para a vacina o mais rápido possível, pois só com a vacina é que vamos conseguir a retomada econômica. E posso assegurar, se a vacinação começar no dia 25 (de janeiro) vamos começar a vacinação em Santo André no mesmo dia”, disse o chefe do Executivo.
Caso o Governo do Estado faça o pedido emergencial para a vacinação, a princípio, a Anvisa teria 72 horas para emitir caso haja a comprovação da eficácia. Caso o pedido seja o definitivo, o prazo de resposta é de até 10 dias, ou seja, uma resposta teria que ser dada até o dia 17, o que ainda garantiria o início da vacinação a partir do dia 25.
O governador João Doria (PSDB) realizará nesta quinta uma coletiva de imprensa para apresentar os dados. A divulgação da eficácia da coronavac foi adiada por duas vezes. Em dezembro, a empresa Sinovac pediu mais tempo para analisar os diferentes dados entre os testes que ocorreram no Brasil, na China e na Turquia.
Entre os chineses a eficácia atingiu 94%, entre os turcos foi de 91%. A Secretaria de Saúde do Estado já informou que no Brasil não alcançou este patamar, apesar de ficado muito acima dos 50%, valor mínimo para que seja validado para uso em massa.
Na primeira fase da vacinação serão contempladas pessoas com 60 anos ou mais, quilombolas, indígenas e profissionais da saúde. Até o momento o estado de São Paulo conta com 11 milhões de doses, sendo que nesta primeira parte o grupo estimado é de 9 milhões de pessoas, ou seja, seriam necessárias 18 milhões de doses para contemplar todo o primeiro grupo com as duas doses de imunização.
Doria afirmou aos prefeitos nesta quinta-feira que o Estado tem condições para imunizar todos os que precisam e que existe a possibilidade de que os locais de vacinação possam funcionar até às 22h como forma de evitar aglomerações.
No restante do ABC os prefeitos articulam a possibilidade de aumentar a base vacinal, ou seja, tentar adquirir outra vacina para somar esforços a coronavac. São Caetano aposta no imunizante fabricado pela empresa Janssen, que assim como a vacina do Instituto Butantan não teria a necessidade de baixíssimas temperaturas para armazenamento, o que pode facilitar a distribuição sem a possibilidade de perder doses.