BNDES aprova 2 empréstimos para United Airlines e AerCap comprarem aviões Embraer

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quinta-feira, 17, a aprovação de dois empréstimos para financiar exportações de aviões da Embraer, no valor total de R$ 3 bilhões. As encomendas foram feitas pela companhia aérea americana United Airlines e pela arrendadora de aeronaves holandesa AerCap Holdings N.V., que receberão os financiamentos.

A United importará aeronaves modelo E175, pertencente à primeira família E-jets da Embraer, informou o BNDES em nota divulgada há pouco. “O E175 é líder de vendas no seu segmento e tem capacidade para transportar até 88 passageiros. Atualmente há mais de 600 Embraer E175 em operação no mundo, tendo sido um dos modelos menos impactados pela crise mundial causada pela pandemia da Covid-19”, diz a nota do banco de fomento.

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Já a AerCap, maior empresa global de arrendamento de aviões, segundo o BNDES, comprará unidades do E195-E2, maior e mais recente modelo da geração E2 da Embraer. “A aeronave destaca-se por ser menos poluente, mais silenciosa e mais eficiente que a geração anterior: consome cerca de 25% menos combustível, com forte redução tanto na emissão de gases do efeito estufa como no impacto sonoro no meio ambiente”, diz a nota do BNDES. Será a primeira exportação desse modelo a ser financiada pelo banco de fomento.

O financiamento das exportações é praxe no mercado de aviação. As grandes fabricantes globais costumam vender suas aeronaves para companhias aéreas ou forças aramadas já com o pacote de financiamento incluído, geralmente oferecido, ou pelo menos garantido, por uma agência nacional de crédito às exportações.

No Brasil, desde a década de 1990, o BNDES vem atuando como agência de crédito à exportação da indústria. A Embraer é a principal cliente do banco de fomento.

“Nesse tipo de operação, os recursos do BNDES são desembolsados no Brasil, em reais, para a empresa exportadora brasileira, a Embraer. O financiamento será pago ao Banco em dólares pelas empresas estrangeiras compradoras dos bens. Isso significa a entrada de divisas no País, a partir do apoio ao desenvolvimento industrial e à exportação de produtos nacionais de alto valor agregado”, diz a nota do BNDES.

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