Se nas demais cidades a disputa pela presidência da Câmara é algo restrito ao Legislativo, em São Caetano a eleição interna definirá quem comandará a cidade interinamente nos primeiros meses de 2021. E nesta celeuma um dos nomes colocados oficialmente para o comando da Casa de Leis é de Gilberto Costa (Avante). Ao RDtv nesta quarta-feira (16/12) o experiente político revelou sua intenção de liderar o Parlamento (e por consequência o município).
Costa revelou que teve uma conversa com o seu partido que consolidou sua intenção de disputar a presidência da Câmara. Integrante da base eleita com o apoio do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), o vereador eleito considera que tenha condições para comandar o Legislativo e considera que os legisladores têm competência para gerenciar interinamente o município.
“Podem ter certeza de que a cidade de São Caetano não terá prejuízos, que os munícipes de São Caetano não terão prejuízo. Todos somos competentes para comandar a cidade neste momento importante. Tenho certeza disso”, disse o legislador.
Internamente a disputa estaria com outros três nomes cotados: o atual presidente da Câmara, Pio Mielo (PSDB); o líder de governo, Tite Campanella (Cidadania); e o vice-prefeito Beto Vidoski (PSDB) que conseguiu a aprovação de sua votação antes há poucos dias.
Gilberto Costa afirmou ser contra a reeleição para a presidência da Câmara não apenas pelo resultado no STF (Supremo Tribunal Federal) que impediu que isso ocorresse na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, mas para tentar aumentar o número de pessoas que possam passar pelo cargo.
“Não estou querendo tirar nomes ou impedir, mas vou lutar para acabar com essa história de reeleição, essa é uma das minhas metas internas. Além disso, precisamos modernizar o nosso estatuto (o regimento interno) para que dar mais debates na Casa”, completou.
A princípio a decisão do STF não impediria Pio Mielo de tentar um terceiro mandato consecutivo, pois o impedimento feito na Câmara dos Deputados e no Senado é de reeleição dentro da mesma legislatura, ou seja, se tal medida fosse adotada na eleição interna do Parlamento de São Caetano no final de 2018, o tucano não poderia ser reeleito.
As conversas internas na base governista já começaram. Com 13 das 19 cadeiras ocupadas pelos chamados “auricchistas”, existe uma possibilidade maior de manutenção do atual modelo de gestão no comando do Palácio da Cerâmica. A oposição aposta em uma divisão que a princípio favoreceu os oposicionistas na eleição realizada em 2017, apesar de boa parte do então grupo contrário ter migrado para a base governista.