Mais da metade das famílias do ABC (61,3%) pretendem realizar a ceia de Natal nas próprias casas este ano, enquanto 36,2% dos entrevistados disseram que projetam celebrar a data na casa de parentes e amigos, com gasto médio de R$ 392 por encontro. O resultado faz parte da pesquisa de Ceia de Natal, levantamento paralelo à PIC (Pesquisa de Intenção de Compra), realizado pela Universidade Metodista de São Paulo.
Em entrevista ao RDtv, a Coordenadora do Curso de Ciências Econômicas da Metodista, , explica que os números se deram devido a pandemia da Covid-19. “Tivemos uma queda nominal de aproximadamente 8% em comparação a 2019 no número de pessoas que decidiram não se reunir com amigos e família para passar o Natal em aglomeração, justificado pela pandemia do coronavírus, que ainda acomete muita gente”, diz.
Também na comparação com o ano passado, a proporção de famílias que deverão gastar menos com a ceia neste ano mais do que dobrou, reflexo da atual conjuntura econômica, do elevado desemprego e elevação dos preços dos alimentos. “Houve um aumento de mais de 12% entre janeiro e novembro, isso afasta os consumidores”, diz. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) mostrou, ainda, que os alimentos da ceia de Natal estão em média 15% mais caros.
No entanto, na visão de Silvia, a composição da ceia será algo que não terá uma alteração tão expressiva em relação aos itens. “Percebemos que as aves devem permanecer, assim como as farofas e panetones. O que nos chama atenção é uma ligeira queda na intenção da compra e consumo de frutas e um leve aumento no consumo de aves assadas, ainda que para um menor número de pessoas”, lembra.
A proporção de consumidores que declararam que gastarão mais de R$500 diminui pela metade, em comparação com o ano passado. Do
outro lado, os maiores acréscimos relativos ocorreram. O gasto médio declarado com a ceia de Natal será de R$392. No ano passado foi de R$425. “Se descontarmos a inflação de 4,31% acumulada nos últimos 12 meses, a queda real é de 11,6%. Com os preços maios elevados, e menor renda, a solução tenderá a ser maior criatividade na ceia deste Natal, que merece maior fraternidade diante dos fatos que tornaram o ano de 2020 singular”, enfatiza.