A Câmara de São Bernardo aprovou nesta quarta-feira (9/12) o projeto de lei que autoriza a Prefeitura a contrair um financiamento junto a CAF (Corporação Andina de Fomento) no valor de US$ 84 milhões (cerca de R$ 432 milhões) para obras de infraestrutura. O sistema viário e o combate às enchentes serão os principais pontos do Proinfra II (Programa de Infraestrutura Urbana de São Bernardo do Campo).
Na lista principal para o sistema viário está a criação de três novos corredores (Faria Lima, Estrada Parque Alvarenga e Robert Kennedy), quatro viadutos (sobre a avenida Piraporinha, a rodovia Anchieta km 14 – Guido Aliberti/Taboão, rodovia Anchieta km 16 e um que interligará as avenidas Lucas Nogueira Garcez e Pereira Barreto). Além disso, haverá a requalificação viária na região do Rudge Ramos/Lauro Gomes.
“A implantação de corredores exclusivos ou prioritários para o transporte coletivo, implantação da alça de acesso e viadutos e novas conexões viárias, diminuirão o tempo de percurso, permitindo a racionalização no cumprimento do papel do município na regulação do espaço urbano”, disse o prefeito Orlando Morando (PSDB) na justificativa enviada ao Legislativo.
O chefe do Executivo completa afirmando do que o objetivo das obras viárias é reduzir acidentes, tempo de viagem, a segurança viária e a “organização dos fluxos veiculares e priorização da circulação do transporte coletivo”.
Sobre as obras de drenagem, a ideia é canalizar o córrego da Linha Camargo com a implantação de avenidas marginais. O objetivo é “reduzir o risco de inundação, passando a contar com um sistema de drenagem e manejo de águas pluviais capaz de comportar a vazão de enchente associada a um tempo de retorno de 100 anos, proporcionando assim, não apenas uma redução significativa de riscos de doenças e mortes como também uma área de lazer contendo uma ciclovia, paisagismo e um viário amplo interligando dois corredores importantes da região”, explicou Morando.
Economia
Na mesma sessão os vereadores aprovaram uma indicação de autoria de Julinho Fuzari (DEM) que pede para que a Prefeitura autorize o funcionamento do comércio da cidade até a meia-noite durante o mês de dezembro. Para o democrata a ação poderia “tornar menor a possibilidade de aglomerações, segundo os protocolos sanitários já estabelecidos nestes ambientes e, assim, fomentar a economia da cidade com novas contratações temporárias”.
Lembrando que o atual decreto municipal segue o estipulado pela fase amarela do Plano São Paulo que só permite que os comércios fiquem abertos até às 22h e com a capacidade reduzida entre 30% e 40% conforme o setor. As cidades que tentaram em outras oportunidades afrouxar as medidas protetivas foram derrotadas juridicamente pelo Governo do Estado.