O prefeito eleito de Diadema, disse que pretende fazer do mandato que se inicia em janeiro, o melhor de suas quatro passagens pela prefeitura. Em entrevista ao RDTv, pouco mais de 16 horas após o fim da contagem dos votos, ele disse que ainda não tem uma equipe de governo formada, que espera uma transição tranquila com o prefeito Lauro Michels (PV). Filippi foi eleito domingo com 106.849 votos, que representaram 51,35% dos votos válidos, e marcou seu nome na história da região como o único prefeito com quatro mandatos.
Ao ser entrevistado pelo jornalista Leandro Amaral, o petista explicou a razão da sua votação. “É a confirmação de que a boa política tem que ser avaliada e julgada pelos seus resultados. As três vezes que fui prefeito tive uma equipe muito realizadora e eu também, com muita exigência com relação a minha conduta de sempre querer fazer mais. Nossa postura sempre foi de enfrentar os problemas e resolver a maior parte deles”, destacou.
O político disse que as ações de conservação e de resgate da autoestima serão marcas do seu futuro governo. “Quero, se Deus quiser, fazer o maior e melhor mandato dos quatro. Estou com muita vontade, vamos viver do presente e do futuro, eu me sinto, como nos três mandatos anteriores, muito preparado. Eu conheço essa cidade como a palma da minha mão e a campanha estimulou para que eu voltasse a lugares específicos, a núcleos habitacionais e outras regiões da cidade, algumas trazendo sentimento de tristeza e decepção por ver que regrediram, que retrocederam. A cidade está muito suja, com um certo desleixo. Eu quero usar o meu conhecimento para fazer um governo onde a gente recupere esse orgulho, esse estimulo, No meu tempo a gente fazia as pesquisas para dizer qual o nível de satisfação da cidade, e passava de 80% eu quero ter isso como meta. Porque entendemos que a boa política é a que produz resultados e prioriza as pessoas que mais precisam”, discursa.
O prefeito eleito também falou sobre a diferença entre ele e o candidato Taka Yamauchi (PSD) que ficou em 5.618 votos. Em 2004, o Filippi ganhou eleição na cidade por pouco mais de 500 votos. “Considerando a eleição de 2004 essa foi de lavada, de 500 para cinco mil. Disputei a eleição contra 12 candidatos e quase ganhamos no primeiro turno mostrando a força de um prefeito com experiência. Estamos a sétima gestão do PT a quarta que vou ter a honra de coordenar. As pesquisas mostravam uma liderança mais folgada nossa. Tivemos a maior abstenção da vitória e ontem tivemos 95 mil, 10 mil a mais que o primeiro turno, a maior parte que seriam meus eleitores, pessoas de mais idade e não foram por conta da pandemia. O que me parece que depreciou os números dessas pesquisas. Outra situação foi uma avalanche de gente de outras cidades, que vieram aqui para criar confusão comigo, tinha uns 30 carros aqui na cidade esculhambando com a gente. Tudo isso valorizou mais a nossa vitória”.
Filippi partiu para o ataque contra o adversário nas urnas. “Tenho respeito pelos adversários, mas não entendo como a cidade queria optar por uma pessoa que nunca exerceu um cargo público e o único que exerceu foi em Ribeirão Pires e foi reprovado. Como entregar uma cidade depois de oito anos de aventura para um cara desse?”, indaga.
Filippi também disse que quer implantar um sistema de consultas médicas virtuais através de um aplicativo onde o paciente tem acesso ao seu prontuário eletrônico. Ele também disse que ainda não montou sua equipe ao responder a críticas de que traria pessoal de fora da cidade. “Tenho 900 pessoas registradas, gente capacitada, vou pedir graça do alto para que eu tenha sabedoria para escolher a nossa equipe. Não tenho nenhum nome definido”. Ele também disse que vai esquecer bandeiras políticas na busca por verbas. “Vou buscar os recursos que virão do Estado e da União e os recursos voluntários, através de emendas. Espero que o Doria (governador João Doria- PSDB) tenha comportamento diferente do Bolsonaro. O caminho que que considero mais adequado é fortalecer o Consórcio Intermunicipal, temos três prefeitos do PSDB, dois do PT, um do PL e um do Podemos. Temos que fazer com que a pluralidade dele seja respeitada. O Governador Doria quer ser presidente da República e para isso ele tem que deixar de ser tão antipetista, com essa posição retrógrada que o povo está rejeitando. O PT está ressurgindo renascendo, com uma velocidade menor do que nós gostaríamos”, concluiu.