ABC acende alerta para 177 áreas com risco de alagamento e deslizamento

São 47 áreas de risco concentradas em Diadema (Foto: Divulgação)

A antecipação da temporada de chuvas para outubro e novembro colocou em alerta os moradores do ABC, que, historicamente, sofrem com deslizamentos, alagamentos e enxurradas em pontos de atenção. Dados fornecidos pelas prefeituras apontam que são pelo menos 177 áreas de risco entre as sete cidades, sendo a maioria em Diadema, que concentra 47 pontos de alerta. Assim, na tentativa de evitar tragédias, a Defesa Civil estadual implantou a Operação Chuvas de Verão, em vigor até 31 de março, período em que as equipes fazem análises de pontos críticos para evitar alagamentos e desmoronamentos.

Conforme apontou a equipe da Defesa Civil do Estado, os pontos analisados levam em consideração as ocorrências que aconteceram nas últimas operações na região, entre 2019 e 2020. O sistema é totalmente interligado com os municípios, que também possuem controle dos locais críticos e de maior atenção. “O ABC possui um cinturão e relevo bem acentuado, principalmente na região de Mauá e São Bernardo, com áreas mais preocupantes, a exemplo dos bairros mais altos, e que deverão ter mais atenção no período de chuvas”, explica o tenente-coronel da Polícia Militar, Henguel Ricardo Pereira.

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Com o projeto, os profissionais da Defesa Civil devem monitorar, diariamente, a quantidade de chuva prevista, além das possíveis alterações no solo. “Além disso também vamos averiguar qual será o volume de chuva para cada cidade e qual será a estimativa para cada região, o que pode ser um termômetro e alerta para os pontos mais críticos”, explica o PM ao alertar que famílias poderão ser retiradas das residências em casos de riscos eminentes de deslizamentos.

Mauá tem 26 pontos

Em Mauá são pelo menos 26 pontos com risco de alagamento, sob monitoramento da Defesa Civil. Além do trabalho em parceria com o órgão estadual com profissionais que estão sob alerta com os pluviômetros, a Prefeitura efetua reforço de limpeza de rios, córregos, bueiros, galerias, além de cata-bagulho e entulho. Já as limpezas de piscinão ficam por conta do DAE (Departamento de Água e Esgoto) do Estado, que também garantem limpeza em dia.

Santo André contabiliza 32 áreas de risco, que correspondem aos assentamentos urbanos precários. Para evitar estragos, o município atuará com o Programa Operação Chuvas de Verão (POCV), a partir de 1º de dezembro, com equipes de vigilantes diuturnos para enchentes, solapamentos de margens de córregos, deslizamentos, abalos estruturais, quedas de árvores etc. Além disso, o Semasa faz limpeza preventiva nos córregos, rios, piscinões e bocas de lobo.

Ribeirão Pires e São Bernardo possuem juntos 30 áreas de deslizamento sob monitoramento. Já Ribeirão Pires possui 20 pontos de alagamento enquanto São Bernardo monitora cinco. Os dois municípios reforçaram os treinamentos com as equipes de Defesa Civil, reforçam o trabalho de limpeza e atuam em consonância com o Estado para evitar maiores estragos nas áreas de risco. Já Rio Grande da Serra possui 12 pontos de atenção.

São Caetano informa que não há pontos de deslizamentos. “Todos os rios que cortam a cidade contam com câmeras de monitoramento, que chegam diretamente ao CGE e são repassadas à Defesa Civil, equipada com 3 botes preparados para quaisquer eventualidades”, informa a Prefeitura.

Famílias desalojadas

A Defesa Civil do Estado divulgou relatório da última operação realizada na região, com as chuvas no período de 2019 e 2020. No total, pelo menos 110 pessoas ficaram desalojadas por conta dos deslizamentos e enchentes. Por conta do incidente pelo menos três pessoas também ficaram feridas.

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