As escolas particulares do ABC já garantiram que estão prontas para a retomada das aulas presenciais em cumprimento criterioso de todos os protocolos de segurança contra o novo coronavírus (covid-19). Apesar disso, o setor continua no prejuízo, problema este que segundo a presidente da AESP-ABC (Associação das Escolas Particulares do ABC), Oswana Fameli, só irá ser solucionado após os prefeitos da região traçarem estratégias para retorno das aulas presenciais.
Em entrevista ao RDtv, Oswana declara que além do percentual de 30% das escolas que fecharam as portas desde o início da pandemia, em meados de março, sem o retorno gradativo, mais instituições devem declarar falência até o fim do ano. “Muitas escolas não conseguiram fazer a transição do presencial para o trabalho remoto, o que fez com que encerrassem o serviço no caminho. Agora, com as dificuldades financeiras e sem qualquer suporte financeiro, outras também devem encerrar suas atividades até o fim do ano”, lamenta.
De acordo com a presidente, o que mais preocupa os mantenedores é a situação dos funcionários das instituições. “Não sabemos ao certo quando os alunos vão voltar para o presencial, mas o que vem nos preocupando é como as escolas vão pagar as férias, décimo terceiro e os gastos de todos os trabalhadores no do fim de ano”, diz ao alertar que sem o socorro do poder público, muitas instituições devem fechar o ano sem perspectiva para reabertura em 2021.
Fase 4 – Verde
Na última sexta-feira (9/10), o Governo do Estado anunciou que o ABC avançou da Fase 3 (Amarela) para a Fase 4 (Verde) no Plano São Paulo de flexibilização e com isso, assim que houver uma estabilidade de quatro semanas no estado da fase, os eventos com público em pé poderão voltar a acontecer, medida que causou descontentamento para os profissionais da Educação, que seguem sem perspectiva de retorno. “Como autorizam eventos como shows e apresentações e as escolas particulares não podem voltar”, questiona. “Isso é um descaso com a população”, reclama.
Até o momento, segue mantida a decisão das cidades que compõem o Consórcio Intermunicipal do ABC que as aulas presenciais na rede privada de ensino serão retomadas na mesma data de retorno das escolas da rede pública. A decisão foi tomada em assembleia pelos prefeitos de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra em agosto.