Em São Bernardo, o lixo descartado irregularmente na área estadual do Parque Chácara Baronesa, localizado na rua Dr. Amâncio de Carvalho, altura do nº 1.300, bairro Baeta Neves, é alvo de reclamação de moradora, que alega conviver com o problema desde 2015 e nunca teve solução.
Ana Paula Garofalo mora há cerca de 12 anos no local e conta que o lixo cresce cada vez mais. Diz que o local virou um lixão, com ratos e insetos que entram nos imóveis. “Aqui no meu apartamento tivemos de dedetizar, mas vejo pessoas jogando lixo no local e os moradores reclamarem da situação”, explica.
A professora comenta, ainda, que já fez diversas denúncias na Prefeitura, mas nunca teve retorno. “Isso desde 2015, já até falei com vereadores de São Bernardo e Santo André, pois fica um município jogando a responsabilidade para o outro. Há diversas casas e condomínios por perto, onde os proprietários pagam IPTU e têm de suportar isso”, enfatiza.
A última reclamação para a Prefeitura de São Bernardo, diz, foi realizada em novembro de 2019, e em dezembro do mesmo ano recebeu um e-mail em que a resposta era que o caso estava em análise, enquanto isso o lixo só aumenta no local.
Respostas prefeituras
Em nota, a Prefeitura de São Bernardo informa que realizou vistoria na altura do endereço mencionado e não encontrou ponto de descarte irregular. “O entulho identificado está às margens do Córrego Taioca, em área pertencente ao município de Santo André”, responde.
Do outro lado, a Prefeitura de Santo André, informa também por nota que o problema é ocasionado pelos moradores que se estabeleceram irregularmente dentro do Parque Estadual da Chácara da Baronesa e que a área é responsabilidade do Estado. “O Semasa já tentou remover os resíduos do local, mas não é possível adentrar ao córrego com máquinas para este fim, visto que a utilização de equipamentos pesados no trecho em questão pode ocasionar o colapso e a perda de estabilidade de algumas das casas irregulares que ali se formaram”, explica.
A Prefeitura de Santo André também diz que o Estado precisa remover as famílias do local para retirada do lixo. “Para que o problema do lixo possa ser resolvido de vez é necessário que haja a remoção das famílias que ocupam a Chácara da Baronesa para que, após isso, seja feita a limpeza do local. Por se tratar de uma área estadual, essa remoção cabe ao governo do Estado”, completa.
Contatado, o governo do Estado não respondeu