Começou nesta segunda-feira (05/10) a Campanha Nacional de Vacinação de Poliomielite e Multivacinação, com objetivo de atualizar e imunizar crianças e adolescentes com idades entre zero a 14 anos. Apesar da pandemia da covid-19 que impõe o distanciamento social e a quarentena, o objetivo da campanha é atualizar a carteirinha de vacinação e com isso reforçar a proteção contra a paralisia infantil (polio) nos menores de cinco anos de idade. A campanha é do Ministério da Saúde.
Pais ou responsáveis por crianças entre um ano a menores de cinco anos deverão levar os pequenos para receber a “gotinha” (vacina oral, VOP) contra a poliomielite na unidade de saúde mais próxima. “Estamos com todas as unidades de saúde abertas para a população não perder a oportunidade da imunização em massa, respeitando todos os protocolos de higiene contra o novo coronavírus, com distanciamento social, marcações nos pisos e utilização de álcool em gel”, explica a enfermeira do Departamento de Vigilância à Saúde, Najla Monteiro.
A revacinação contribui com a redução do risco de reintrodução do vírus no Brasil – hoje, há circulação da doença no Afeganistão e Paquistão. “A vacina é na verdade um vírus inativo necessário para que não haja reaparecimento de novos casos no País, importantíssima de ser tomada”, enfatiza ao lembrar que não é necessário qualquer tipo de agendamento para receber a imunização, apesar do momento de pandemia.
Simultaneamente, a campanha de multivacinação será focada na atualização de carteiras vacinais de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Pais ou responsáveis devem levar as crianças a um dos postos de saúde, com a carteira de vacinação em mãos para que um profissional avalie quais doses precisarão ser aplicadas, tanto para eventual situação de atraso, falta ou necessidade de reforço. A medida contribui para melhorar as coberturas vacinais, que têm oscilado nos últimos anos.
No total, serão oferecidos 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomielite oral e intramuscular (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A. Além disso, neste ano, também passou a integrar o SUS a vacina Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.
A campanha segue até o dia 30 de outubro, prazo definido pelo Ministério da Saúde na campanha nacional. O Dia de Mobilização (“Dia D”) será 17 de outubro, com postos abertos no sábado.
Prefeituras não sabem informar meta de vacinação
Apesar do início da campanha, são poucas as cidades da região que sabem informar a meta de vacinação, que deve alcançar cobertura de 95% do total de crianças. Em Ribeirão Pires a estimativa é que 5.407 crianças sejam imunizadas e que em Santo André esse número chegue a 32.387. Já em São Caetano, a vacinação da pólio, para crianças de 1 a 4 anos deve atingir 5.912 crianças, meta de 90% a 95% desse grupo.
Já Diadema, Mauá, São Bernardo, e Rio Grande da Serra não informaram quantas pessoas devem receber a imunização.