Pneumologista orienta sobre risco de reabertura de cinemas e teatros

(Foto: Pixabay)

Ainda na Fase Amarela do Plano São Paulo, o ABC não tem data prevista para reabrir cinemas e teatros, mesmo com todas as orientações da Vigilância Sanitária. Ao RD, as prefeituras informam também que no momento não vão retomar as atividades do setor. O médico e professor titular Pneumologista da Faculdade de Medicina do ABC, Elie Fiss, salienta pontos importantes para a retomada, e diz não ser contra a reabertura dos locais, mas alerta para os cuidados e a capacidade máxima de 30% nas salas de cinema e teatro.

Fiss afirma que a reabertura desses estabelecimentos é uma questão extremamente difícil, por se tratar de ambientes fechados. “Por um lado está diminuindo a internação e óbitos, mas quanto aos casos, pelo menos o que eu atendo, tem aumentado muito após as aglomerações que estão ocorrendo”, ressalta o médico sobre a retomada.

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Mesmo que o Plano São Paulo não tenha liberado, a Prefeitura de Diadema informa que a reabertura dos espaços de cultura municipais é avaliada como forma de planejamento e adequação de medidas sanitárias necessárias que serão implementadas após liberação do funcionamento pela legislação vigente.

Em São Bernardo, a reabertura destes setores terá como base os dados epidemiológicos locais e os apontamentos do Estado. As demais cidades salientaram que seguem rigorosamente as orientações do Plano São Paulo.

Ar condicionado

O pneumologista Elie Fiss chama atenção para os cuidados rigorosos com a utilização de ar-condicionado e até evitar o uso do aparelho. “Não teve estudo que comprovou disseminação do novo coronavírus pelo ar, mas é melhor não utilizar e irmos pelo distanciamento de 2 metros de circunferência entre as pessoas, mesmo que estejam entre amigos”, aconselha. Fiss informa que idosos e pessoas do grupo de risco não devem ir aos locais, mesmo que com todos os cuidados. “Melhor evitar, e além disso todo o ambiente deve ser limpado, a higienização igual ao que tem acontecido nas academias”, diz.

Sobre a taxa de disseminação do vírus, apesar de variável entre as semanas o médico salienta que agora está em média de 0.98 para cada pessoa, o que diminui o risco da propagação da doença, mas que o número pode aumentar caso haja aglomeração. “A minha experiência pessoal é a de que quando aglomerou eu atendi vários pacientes que estiveram nessa mesma aglomeração”, comenta.

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