Escolhido como pré-candidato a vice-prefeito na Capital na chapa de Bruno Covas (PSDB), o vereador Ricardo Nunes (MDB) visa uma campanha com uma polarização entre o tucano e Celso Russomanno (Republicanos). Ao RDtv nesta quinta-feira (24/9), o emedebista considera que não haverá federalização na disputa paulista e que o eleitor vai ficar de olho no histórico dos futuros candidatos.
“A avaliação considerando o cenário de hoje eu acho que terá um segundo turno entre o prefeito Bruno Covas e o deputado federal Celso Russomanno, até porque no outro campo aqui na cidade de São Paulo, avaliando os demais candidatos, o campo da esquerda se dividiu muito. Temos o PT (Jilmar Tatto), temos o (Guilherme) Boulos (Psol) que chega como uma surpresa, o Márcio França (PSB), o PCdoB lançando candidato (Orlando Silva), então eu vejo a esquerda bastante dividida e tenho a impressão que deve seguir para uma polarização entre Bruno Covas e Celso Russomanno”, explicou.
A avaliação foi feita principalmente após a divulgação da pesquisa DataFolha que coloca Covas e Russomanno como os únicos que pontuam acima dos 20% das intenções e de voto, enquanto Boulos e França contam com um empate técnico na terceira colocação. Porém, o emedebista lembra que o cenário pode sofrer uma alteração com o início da campanha eleitoral no próximo domingo (27/9) e com o início da propaganda no rádio e na televisão a partir do dia 9 de outubro.
Em relação a influência do cenário federal, principalmente levando em conta os debates entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB), Nunes não acredita nesta influência e considera que o histórico eleitoral de São Paulo mostra algo muito particular. Desde que foi possível a reeleição em apenas uma oportunidade houve a manutenção de que estava no poder que foi no caso de Gilberto Kassab (PSD) que foi eleito vice-prefeito em 2004, assumiu o comando da Prefeitura em 2006 com a renúncia de José Serra (PSDB) e foi reeleito em 2008.
Escolha
Sobre a escolha, Ricardo Nunes demonstrou sua surpresa após a criação de uma série de possibilidades para Bruno Covas como o apresentador José Luiz Datena (MDB), a senadora Mara Gabrilli (PSDB) e a ex-prefeita Marta Suplicy (SD). Sobre o assunto, considera que a aliança inédita entre tucanos e emedebistas pode fazer a diferença, principalmente levando o seu trabalho entre a classe de empreendedores.