Até agosto, 17,9 milhões de pessoas tinham feito teste do coronavírus, diz IBGE

(Foto: Freepik)

Em todo o Brasil, 17,9 milhões de pessoas fizeram algum teste para saber se estavam infectadas pelo coronavírus até agosto, o equivalente a 8,5% da população. Até julho, esse número estava em 13,3 milhões de pessoas, ou 6,3% da população. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os que fizeram testes, 3,9 milhões (21,6%) testaram positivo, de acordo com a pesquisa amostral.
Entre os homens, 8,3% fizeram teste de covid-19, contra uma fatia de 8,7% das mulheres. Por grupos de idade, o maior porcentual de testados foi de 30 a 59 anos de idade (11,9%), seguido pelo grupo de 20 a 29 anos (9,5%). Entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade, 7,3% realizaram algum teste.

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Segundo o IBGE, quanto maior o nível de escolaridade, maior foi o porcentual de pessoas testadas: entre as pessoas com ensino fundamental incompleto, 4,4% foram testadas, ante uma taxa de 17,9% entre aqueles com superior completo ou pós graduação.

Quanto maior o rendimento, maior a testagem. Entre os 10% com maior renda domiciliar per capita, 18,0% fizeram algum teste. Entre os 20% mais pobres, esse porcentual não alcançou 5,0%.

A Unidade da Federação com o maior porcentual de testes realizados foi o Distrito Federal (19,4%), seguida por Piauí (14,4%) e Roraima (12,0%). Por outro lado, Pernambuco registrou o menor porcentual (5,8%), seguido por Acre (6,0%) e Minas Gerais (6,1%).

Atividade educacional

O acesso a atividades escolares em meio à pandemia continuava desigual no País em agosto. Entre crianças e jovens que frequentavam escola ou universidade, 7,6 milhões não tiveram qualquer atividade educacional, mesmo que remota. Na região Norte, quase quatro em cada dez estudantes não tinham acesso ao ensino remoto.

Em agosto, 45,7 milhões de pessoas de 6 a 29 anos de idade frequentavam escola ou universidade, o equivalente a 59,3% da população nessa faixa etária. Entre os que frequentavam 60,9% eram do ensino fundamental, 21% do ensino médio e 18,1% do ensino superior.

De todos os estudantes, 80,4% tiveram atividades escolares para realização mesmo que remota, ou seja, 36,8 milhões de jovens e crianças. Outros 16,6% não tiveram atividades, e 3% estavam de férias.

Na Região Norte, 38,6% das crianças, adolescentes e jovens que frequentavam escola estavam sem acesso às atividades escolares. No Nordeste, 23,1% dos alunos estavam nessa condição. Esses porcentuais foram bem mais baixos no Sul (6,4%), Sudeste (10,3%) e Centro-Oeste (10,5%).

O acesso à educação na pandemia estava relacionado à renda. Entre as crianças e jovens que viviam em domicílios com rendimento per capita de até meio salário mínimo, 21,5% não tiveram atividades escolares. Já nos domicílios com renda domiciliar per capita de quatro ou mais salários mínimos, o porcentual de jovens sem acesso a atividades escolares caía a 7,9%.

No total do País, 14,4% das pessoas matriculadas no ensino fundamental não tiveram atividades escolares. No ensino médio, 18,6% não tiveram atividades, e no ensino superior, 21,3%.

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