Polarização virou a expressão da vez quando se fala em política no Brasil. Desde 2014, os processos eleitorais são tomados por tentativas de criar um confronto de um contra um e deixando outras candidaturas de lado. Mas no caso de Ribeirão Pires o cenário está diferente, pelo menos é o que aponta o pré-candidato a prefeito Felipe Magalhães (PT). Em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (22/9), o petista alegou que o “desespero” de alguns de seus adversários demonstra que o cenário segue aberto no município.
“O cenário está tão aberto que o desespero dos pré-candidatos é tão grande que eles estão partindo para o ataque, para a ofensa, para a desqualificação dos outros pré-candidatos e é o que mostra que o cenário não está fechado, o cenário está totalmente aberto e é nesse flanco que o PT se insere”, relatou.
Magalhães considera que a estratégia de tentar resumir o pleito em dois nomes é uma estratégia criada para facilitar a inserção no eleitorado que ainda segue indeciso em seu voto, algo estimado em 30%, segundo o prefeiturável. Outro ponto colocado pelo petista é a disputa entre dois polos, um teoricamente formado por defensores do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e outro de oposição.
Neste caso, Felipe afirma que a chapa petista com apoio do Psol é a única que não está inserida no campo de apoio do atual Governo Federal, fato que o prefeiturável considera que possa ser um dos trunfos da única campanha do campo da esquerda no município.
Outro ponto colocado como trunfo pelos petistas é o histórico feminino na legenda. A ideia é defender o legado da ex-prefeita Maria Inês e ao mesmo tempo inserir o nome da pré-candidata a vice Jacque Cipriany (PT) no cenário, principalmente levando em conta o fato de ser mulher e negra, características apresentadas em apenas quatro das 56 pré-candidaturas colocadas na região.