As cobranças abusivas em contas de energia elétrica da Enel Distribuição ainda é um problema para moradores do ABC. A recepcionista Sandra Maria Garbuio da Costa, moradora da vila Gonçalves, em São Bernardo, foi surpreendida com valores que chegaram a dobrar nos últimos meses.
De R$ 300 que a munícipe costumava pagar, os débitos saltaram para R$ 593 em julho, R$ 601 em agosto e R$ 515 em setembro, mesmo após registrar reclamação na Enel e no Procon, nada foi resolvido.
A recepcionista conta que, mesmo sem motivos para as altas nas cobranças, visto que a rotina da família não mudou, a concessionária de energia elétrica alegou que os valores foram cobrados a partir da média de consumo, onde houve aumento, segundo a empresa. “Entrei em contato com a Enel pelo WhatsApp, já que o telefone da ouvidoria foi desativado, e a justificativa que recebi foi que no sistema consta que a leitura está correta, pois houve aumento no consumo, o que não é verdade”, explica.
Ao reclamar para o Procon, a moradora também não teve sucesso e aguarda retorno há mais de duas semanas. “Estive no Procon no começo do mês pra fazer a queixa e me pediram 15 dias, mas ontem retornei e eles não deram resposta”, conta.
Questionada, a concessionária respondeu: “A Enel Distribuição São Paulo informa que as faturas de abril a junho foram faturadas pela média de consumo dos últimos 12 meses, procedimento autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) devido à pandemia do Coronavírus. Em julho, com a retomada da leitura, foram incluídas as diferenças de consumo não geradas nos meses anteriores.
Os débitos dos meses de fevereiro a junho foram parcelados e incluídos nas faturas seguintes”.