São Caetano dá início ao inquérito epidemiológico na comunidade escolar

São Caetano iniciou nesta segunda-feira (14/09) a realização do inquérito epidemiológico na rede municipal de ensino. Serão testados alunos, professores e funcionários das 64 escolas municipais do município. Quem testar positivo vai ser submetido ainda a um novo teste de confirmação. A secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone, e o secretário de educação Fabrício Coutinho, participaram do RDTv e contaram como vai funcionar o inquérito e o objetivo do estudo, que vai até sexta-feira (18/09) realizando 1.900 testes rápidos.

Serão testados 400 alunos de cada fase: ensino infantil, alunos do fundamental I e II e ensino médio, além de 300 funcionários da rede que atuam em todos esses ciclos. São Caetano não definiu o retorno presencial às aulas e o inquérito é uma das ferramentas que o governo quer utilizar para um estudo mais profundo sobre o tema. “Sabemos que deve ser parecido com inquérito de São Paulo, mas deve ter algumas diferenças. Tanto na porcentagem de pessoas já imunizadas como também nas características dessas pessoas, quanto a sintomatologia. Precisamos estudar a nossa comunidade, até porque a grande maioria de educadores faz parte do grupo de risco, seja por comorbidades ou por ter mais de 60 anos de idade”, analisou a secretária de saúde.

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O chefe da pasta de Educação, contou que foi feito um sorteio eletrônico entre os alunos das escolas. “Realizamos um sorteio em cada unidade escolar, pelo site, depois entraram em contato com as famílias e o inquérito começou hoje em algumas escolas e vai até sexta-feira dia 18/09. Aluno vai fazer o teste e se der positivo vai fazer outro tipo o PCR”, disse Coutinho.

Os jornalistas Carlos Carvalho e Leandro Amaral em entrevista a Fabrício Coutinho e Regina Maura Zetone. (Foto: Reprodução)

Regina Maura considera o teste do tipo PCR, aquele feito em laboratório com secreções da garganta e do nariz, é o mais indicado para um diagnóstico preciso. “É o padrão ouro em diagnóstico”, comenta. Ela considera que esse inquérito epidemiológico não significa nenhuma notícia ainda sobre a volta da aula presencial. “É uma das ferramentas e teremos outras. Tem uma pesquisa feita com os pais, tem que ver o status dos professores e educadores. Os professores tiveram que se reinventar durante a pandemia, tiveram que se capacitar muito rapidamente. De repente voltar uma parte presencial e uma parte remota, não seja viável”, analisa

Fabrício Coutinho reforça que o sistema de aulas online tem uma aprovação muito grande e os professores já estão trabalhando com sobrecarga, situação que pode inviabilizar o retorno à sala de aula antes de uma vacina contra a covid-19. “Isso é praticamente impossível. Na rede pública o professor tem que gravar aula para aquele que não consegue assistir na hora, fazer material impresso, ou seja tem que preparar quatro conteúdos para atender a mesma sala, entendemos que voltar em uma turma remota e outra presencial vai ser muito difícil por isso, neste momento, o município não tem nenhuma data para o retorno presencial. Mais de 25% dos profissionais, entre professores e auxiliares é de grupo de risco e é cenário muito incerto para eles. Percebemos que o trabalho vem sendo bem aceito e isso nos dá o respaldo para continuar de forma remota”, concluiu.

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