O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), anunciou nesta quinta-feira (3/9) que até o próximo sábado (5), 100% da frota de ônibus na cidade devem rodar. O socialista toma como base uma decisão judicial sobre esse assunto. Durante entrevista o chefe do Executivo afirmou que era contra a redução da circulação no transporte público desde março.
Segundo Jacomussi, em reunião dos prefeitos no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, em março, seu voto foi o único contrário para reduzir a circulação da frota de ônibus para incentivar o isolamento social no início da pandemia do coronavírus. Apesar do posicionamento, decretou a queda do número de ônibus assim como ocorreu nos demais municípios.
Agora justifica que com o aumento da circulação de pessoas com a flexibilização autorizada pelo Governo do Estado existe a necessidade da retomada da frota por inteiro. “Nós sabemos que até o momento não houve alteração em relação as linhas de ônibus. Trabalhadores já voltaram a trabalhar e com isso o trabalhador voltou a utilizar o transporte público. Nós sabemos do temor de uma segunda onda em qualquer lugar desse país e nós sabemos que a principal porta de entrada do coronavírus no ABC é o transporte público”, explicou.
A partir de sábado, fiscais da Prefeitura vão circular pela cidade para avaliar se houve ou não a retomada de 100% da frota, mesmo no final de semana, momento em que existe uma redução natural do número de ônibus por causa da menor circulação de pessoas.
Além disso, Atila afirmou que não pretende dar qualquer outro subsídio para a Suzantur, empresa responsável pela frota de ônibus, pois, a empresa já teria recebido apoio por parte do Governo Federal. Em muitos momentos, o prefeito repetiu o discurso eleitoral de 2016 quando era favorável ao retorno da empresa Leblon.
Ao ser questionado sobre os motivos para que não tenha feito qualquer alteração para colocar outra empresa no transporte público da cidade, Atila relembrou que ficou quase um ano longe da Prefeitura após as duas prisões que ocorreram nos dia 9 de maio e 13 de dezembro de 2018, e o impeachment aprovado pela Câmara em 19 de abril do ano seguinte e anulado pela justiça cinco meses depois.
Outro lado
O RD entrou em contato com a Suzantur pedindo esclarecimentos sobre o assunto, porém, até o fechamento desta edição não houve retorno.