A região abriu 1,9 mil postos de trabalho em serviços da saúde no primeiro semestre de 2020 e passou a contar com 39.050 profissionais na área (alta de 5,1%). O crescimento, segundo o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), Francisco Balestrin, traz uma sobrevida para os hospitais da região, principalmente no período de pandemia, em que uma parcela de profissionais foi acometida pela doença.
Em entrevista ao RDtv, o gestor de saúde explica que as contratações vem para somar, em um período escasso ao qual muitos trabalhadores foram afastados da área. “Os profissionais chegaram em uma excelente oportunidade, e vem justamente para dar conta da demanda que aumentou e muito no País e no Estado”, diz. De acordo com o médico, desde 2019, o setor de serviços/saúde é o que mais emprega, devido às defasagens e afastamentos.
Em junho de 2020, o Estado de São Paulo registrou contingente de 797.371 trabalhadores no setor. No acumulado de janeiro a junho, foram abertos 35.238 postos de trabalho, destacando-se a abertura de 20.878 vagas na atividade de atendimento hospitalar e de 5.791 na atividade de atenção à saúde humana. “São atividades que a todo tempo precisa, e que justamente no período de pandemia, está acontecendo uma renovação necessária”, diz.
Somente na cidade de São Paulo, o crescimento no número de profissionais foi de 5,4%, passou de 6.281 profissionais para 7.158. “Essa alta não só na cidade, mas em todo o Estado, vem para beneficiar a população. A ampliação da oferta de atendimento e a renovação do quadro de profissionais automatiza a saúde e reconecta as pessoas aos hospitais com um fluxo ainda maior”, comenta o médico.
Ao todo foram criadas 92.962 vagas nas atividades do setor de hospitais, clínicas e laboratórios do Brasil, no último semestre, totalizando contingente de 2.412.193 trabalhadores segundo o Boletim Econômico da FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, que avaliou dados do CAGED do Ministério do Trabalho. Somam-se a estes profissionais em sistema CLT, cerca de 5 milhões de colaboradores indiretos que o segmento contrata no Brasil.
A projeção do gestor de saúde é que com as novas vagas e a renovação do quadro de funcionários, os hospitais contem com profissionais mais bem qualificados e com um atendimento de melhor qualidade. “Não só nesse momento de pandemia em que as pessoas dependem mais dos profissionais de saúde, mas queremos que daqui para frente, a população tenha uma relação ainda melhor a Saúde”, diz.